
Uma ação do governo de São Paulo, que investiga casos suspeitos de intoxicação por consumo de bebida adulterada por metanol, apreendeu 117 garrafas de bebidas sem rótulos e sem comprovação de procedência, nesta segunda-feira (29).
Participaram da operação as secretarias estaduais da Saúde e da Segurança Pública, em parceria com o CVS (Centro de Vigilância Sanitária) e a Covisa (Vigilância em Saúde do Município de São Paulo).
As garrafas apreendidas foram localizadas durante ações de fiscalização em três bares e adegas, suspeitos de comercializar as bebidas adulteradas, nas regiões dos Jardins e Mooca, na capital paulista.
Os rótulos apreendidos serão encaminhados à perícia no Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica. Além disso, dois estabelecimentos foram autuados por irregularidades sanitárias.
De acordo com o governo estadual, no mês de setembro, foram realizadas mais de 43 mil ações de fiscalização nos 645 municípios paulistas, no segmento de comércios de bebidas, alimentos, bares, restaurantes e adegas.
O que é metanol?
O metanol é uma substância líquida, inflamável e incolor. É amplamente utilizado como solvente, na fabricação de combustíveis, plásticos, tintas e medicamentos
Tem grande potencial de intoxicação, e quando consumido pode levar à morte mesmo em doses pequenas.
Recomendações
O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) emitiu uma recomendação urgente aos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas no estado de São Paulo e em regiões próximas.
A medida é adotada diante do registro de pelo menos nove casos de intoxicação por metanol nos últimos 26 dias, com duas mortes confirmadas. Todas as ocorrências estão relacionadas à ingestão de bebida alcoólica adulterada.
A nota técnica aponta a necessidade de atuação conjunta entre governo, setor privado e sociedade no combate a práticas de falsificação. Deve ser prioridade a compra segura, com conferência e rastreabilidade dos produtos.
O documento recomenda atenção a itens com lacres tortos, erros evidentes de impressão e preços atipicamente baixos.
O texto também alerta que devem ser tratados como suspeita de adulteração sintomas como visão turva, dor de cabeça e náusea.
Caso os consumidores manifestem estes sintomas, a recomendação é que os estabelecimentos encaminhem para atendimento médico urgente e acionem o Disque-Intoxicação. Também é indicado comunicar a Vigilância Sanitária Local, bem como Polícia Civil, PROCON e, se for o caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária.
Nestes casos, os estabelecimentos também devem interromper a venda do lote, isolar os produtos e preservá-los para uma eventual perícia.
O documento do MJSP é direcionado a bares, restaurantes, casas noturnas, hotéis, organizadores de eventos, mercados, atacarejos, distribuidoras, plataformas de comércio eletrônico e aplicativos de entrega.
Com informações de CNN Brasil.










