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MPSP (Ministério Público de São Paulo) ofereceu denúncia, na quarta-feira (1), contra o influenciador digital Gabriel Spalone, suspeito de desviar R$ 146 milhões via Pix. 

De acordo com o órgão, Spalone e outros dois homens vão responder pelos crimes de furto e associação criminosa por conta do possível desvio.

Segundo a acusação, o golpe foi feito em fevereiro deste ano, quando os suspeitos utilizaram uma credencial válida de uma empresa prestadora de serviços de um banco para realizar 607 transferências via Pix, em curto espaço de tempo, a partir de dez contas bancárias. Grande parte dos valores teria sido direcionada a empresas ligadas a um dos denunciados, que acessava diretamente as contas beneficiadas.

“Spalone, por sua vez, foi identificado como operador das transações ilícitas, atuando inclusive em conexões feitas durante viagens internacionais. Já o terceiro acusado recebeu quantias tanto em contas de sua pessoa física quanto de empresas de sua titularidade”, diz a denúncia. 

Após pedido da Polícia Civil, a Justiça de São Paulo também converteu a prisão de Spalone de temporária para preventiva no Brasil. A corporação informou que instaurou um novo inquérito para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime.

A defesa do influenciador se manifestou sobre a decisão e disse que “recentemente teve acesso à íntegra do processo, e que já entrou com pedido de revogação de prisão preventiva para o juiz de primeira instância, diante da nulidade da inclusão na Interpol e na detenção em solo argentino”.

Além disso, ainda afirmou que há “inexistência de preenchimento dos requisitos da prisão preventiva e sobretudo da inexistência de fuga como quer fazer crer a autoridade policial em nítido que espírito de aventura jurídica.”

O advogado Eduardo Maurício complementou que “o relatório final da Polícia Civil é totalmente genérico e sem indício ou prova de qualquer crime por parte do influencer e empresário e sua conduta individualizada, e a acusação por parte do Ministério Público não possui nenhum elemento ou força para resultar na condenação do influencer, e sim a única hipótese é a sua absolvição diante da sua inocência, o que ficará provado na instrução processual.”

Prisões de Gabriel Spalone

O influenciador Gabriel Spalone, suspeito de desviar mais de R$ 146,5 milhões de uma instituição bancária por meio de um esquema de transferências via Pix, foi preso na noite do dia 27 de setembro no Aeroporto Internacional de Buenos Aires, na Argentina.

A prisão ocorreu após sua inclusão na Difusão Vermelha da Interpol, segundo a PF (Polícia Federal).

A PF informou que a ação foi coordenada pelo Escritório Central Nacional da Interpol, com apoio de seus escritórios de ligação nos Estados Unidos, Paraguai e Argentina, além de um posto em Miami. Também participaram a Polícia Civil de São Paulo e autoridades dos quatro países envolvidos. Spalone deve permanecer detido na Argentina até a conclusão do processo de extradição para o Brasil.

Antes da prisão em Buenos Aires, Spalone chegou a ser detido no Aeroporto Internacional do Panamá, na noite de sexta-feira (26), por agentes do setor de imigração. A informação foi confirmada pelo advogado, que classificou a medida como “ilegal e abusiva, que lhe causa constrangimento ilegal”.

De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), Spalone segue sob custódia das autoridades policiais da Argentina.

“Estão em andamento os trâmites para a extradição dele ao Brasil, onde o suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Dois suspeitos já haviam sido presos no âmbito da Operação Dubai, por furto mediante fraude e associação criminosa. O Deic também instaurou um novo inquérito policial para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime”, completa a pasta.

Com informações de CNN Brasil.

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