
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou como “ridícula” a escolha do cantor Bad Bunny para o show de intervalo do Super Bowl 2026. Em entrevista ao apresentador Greg Kelly nessa segunda-feira (6/10), Trump afirmou achar “loucura” a decisão da NFL e disse “nunca ter ouvido falar” do artista porto-riquenho.
Bad Bunny
Natural de Porto Rico, Bad Bunny — cujo nome verdadeiro é Benito Antonio Martínez Ocasio — está promovendo o disco “Debí Tirar Más Fotos”, um tributo à ilha caribenha.
Em entrevista à revista i-D, o cantor disse que evitou marcar shows nos Estados Unidos devido ao receio de ações do ICE em seus eventos.
“O ICE poderia estar lá fora. Era algo sobre o qual estávamos conversando e que nos preocupava muito”, afirmou o artista.
O show no Super Bowl, marcado para 8 de fevereiro de 2026, acontecerá no Levi’s Stadium, em Santa Clara, na Califórnia.
Escolha em meio a tensões politicas
A escolha do canto porto-riquenho também destaca contornos políticos. O cantor declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, nas eleições de 2024, e criticou duramente Trump por comentários considerados ofensivos sobre Porto Rico.
O novo álbum de Benito Martínez é recheado de críticas sociais e referências políticas voltadas aos Estados Unidos — gerando essa revolta no líder norte-americano.
Em faixas como “Nuevayol”, o artista exalta os imigrantes que vivem em Nova York e denuncia as dificuldades e preconceitos enfrentados por latino-americanos no país.
No videoclipe, Bad Bunny ironiza o republicano ao incluir uma voz simulada de Trump pedindo desculpas pelas políticas anti-imigração, afirmando que os Estados Unidos “não são nada sem os mexicanos, dominicanos, porto-riquenhos, colombianos e venezuelanos”.
Em outra cena marcante, o cantor aparece na Estátua da Liberdade com a bandeira de Porto Rico, fazendo referência ao ativista Tito Kayak, que escalou o monumento em 2000 para protestar pela independência da ilha.
Com informações de Metrópoles.










