Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 29, ao programa De Cara com o Fato, o ativista socioambiental declarou que avalia a possibilidade de disputar nas eleições de 2026 uma vaga na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
Descendente de imigrante espanhol – ele é neto do médico e empresário Francisco Garcia, ex-vice-governador do Amazonas e deputado federal -, Matheus falou com eloquente entusiasmo que “a política corre nas suas veias” e que cresceu inspirado pelo legado político e social dos Garcia.
“Eu tenho muito orgulho disso, porque nas viagens que tenho feito para o interior encontro pessoas que ainda lembram do trabalho do meu avô e do governador Gilberto Mestrinho. Eles fizeram políticas públicas que resistem até hoje, mas que infelizmente foram abandonadas”, destacou.
Tradição e legado familiar
Sobrinho da ex-deputada federal Rebecca Garcia, Matheus recordou que a atuação de tanto de seu avô quanto do bisavô consolidou valores que marcaram sua trajetória pessoal e profissional.
“Eu venho dessa família que respeita muito quem veio antes e que sempre prezou pela educação. Meu bisavô, José Garcia, era padeiro, veio da Espanha e dizia que o maior legado que poderia deixar era a educação dos filhos. Esse valor está no meu sangue”, afirmou.
Segundo ele, o interesse pela vida pública é resultado dessa herança familiar e de sua vivência com projetos sociais e ambientais. “Isso me coça para entrar na vida pública. Mas sou realista: só entraria se tivesse um escopo decente de trabalho, com propostas sérias e espaço para realizá-las”, disse.
Pautas e independência
Sem filiação partidária, Matheus revelou que já recebeu convites de diversas siglas, mas prefere manter-se independente enquanto consolida sua trajetória. “Hoje eu não tenho partido, já recebi propostas de vários, mas acredito que meu trabalho tem sido eficiente justamente por isso. Começo a levar uma pauta que falta na Assembleia Legislativa e nas Câmaras Municipais: a pauta ambiental, do empreendedorismo, da tecnologia e da juventude”, afirmou.
Garcia defendeu que o Amazonas precisa de representantes que conciliem desenvolvimento econômico e preservação ambiental, com base na inovação. “É possível desenvolver respeitando o meio ambiente, desde que haja tecnologia fazendo essa ponte. Se eu estiver numa campanha no ano que vem, podem ter certeza de que levarei propostas que o nosso estado precisa e que a juventude vai se orgulhar de ver representadas”, declarou.
