
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou na segunda-feira (3/11) um inquérito civil para apurar responsabilidades pela queda de uma estrutura durante uma festa universitária em Regente Feijó, no interior de São Paulo, no domingo (2/11). Um empresário morreu.
Entre outras providências determinadas, o promotor Guilherme Batalini pediu esclarecimentos aos organizadores do evento, ao município e ao Corpo de Bombeiros, além da determinação de depoimentos nos dias 17 e 19 de novembro.

A promotoria também investiga se o evento atendeu às exigências legais e requisitou informações sobre contratos firmados, responsáveis técnicos, número de participantes, medidas de reparação aos feridos e critérios adotados pela prefeitura para concessão do alvará.
De acordo com o Ministério Público, na madrugada de domingo (2/11), segundo dia de festa, fortes ventos e chuva destruíram parte da estrutura, provocando a morte do empresário Marcelo Giglio de Souza, de 47 anos, e ferimentos em dezenas de participantes.
Segundo o promotor Batalini, o evento ocorreu em área aberta, sem proteção contra intempéries, mesmo diante de alertas da Defesa Civil sobre riscos de temporais no oeste paulista, local do evento. O documento ainda aponta que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros foi apresentado à promotoria apenas na véspera da festa, próximo ao encerramento do expediente.
O que ocorreu
O evento estava no segundo dia e era realizado no Aeropark Clube de Voo Desportivo, na Rodovia Raposo Tavares, quando fortes rajadas vento e chuva atingiram a festa e derrubaram parte da estrutura.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil estadual (CGE), os ventos atingiram uma velocidade de aproximadamente 95 km/h. Além do empresário morto, com o desabamento da estrutura e a queda de galhos de árvores, cerca de 40 pessoas ficaram feridas.
Procurada pelo Metrópoles, a Unoeste lamentou o ocorrido. A coordenação do curso e os professores afirmam que “permanecem em contato com os alunos, oferecendo apoio e solidariedade neste momento”.
“O processo de acompanhamento inclui também a atuação de outros serviços institucionais, como o Sucesso do Aluno e o Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Aluno, reforçando o compromisso com o bem-estar e o cuidado com a comunidade acadêmica”, reforçou a universidade.
Das vítimas atendidas, três permanecem internadas. Elas foram encaminhadas para o Hospital Regional e para a Santa Casa de Presidente Prudente. As demais tiveram ferimentos leves, foram atendidas e liberadas. Equipes da Defesa Civil municipal de Presidente Prudente, da Defesa Civil de Regente Feijó e do Corpo de Bombeiros atuaram no socorro.
Quem era o empresário
- O empresário Marcelo Giglio de Souza, de 47 anos, foi atingido por um galho de árvore e morreu em Regente Feijó, no interior de São Paulo.
- Souza era dono de uma farmácia em Pirapozinho, onde morava e era vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) do município. Segundo a imprensa local, o empresário era cotado para ser candidato à Prefeitura nas próximas eleições.
- Nas redes sociais, a ACE de Pirapozinho publicou uma nota de pesar e informou o local do velório. A Associação Comercial de Presidente Prudente (Acipp) também se pronunciou e definiu Souza como “um líder dedicado ao associativismo e ao desenvolvimento regional”.
Com informações de Metrópoles.










