
O governo dos Estados Unidos enviou, nesta terça-feira (4/11), uma carta ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, manifestando solidariedade pelas mortes de quatro policiais e oferecendo apoio às autoridades fluminenses no combate ao tráfico de drogas.
A correspondência, redigida em Washington e assinada por James Sparks, representante do setor de Repressão às Drogas do Departamento de Justiça dos EUA, foi obtida pela imprensa e destaca o reconhecimento à atuação das forças de segurança durante a Operação Contenção, deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte do Rio.
“É com profundo pesar que expressamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever”, escreveu Sparks. “Reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública e nos colocamos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário”, completou.
O comunicado, emitido durante o governo Donald Trump, ressalta a “coragem e dedicação” das equipes que atuam no enfrentamento ao Comando Vermelho (CV), e reafirma o compromisso dos Estados Unidos em colaborar com o Brasil em ações conjuntas de repressão ao narcotráfico.
Pedido de sanções à Casa Branca
A carta norte-americana foi enviada poucos dias depois de o governo do Rio de Janeiro, sob comando de Cláudio Castro (PL), encaminhar um pedido formal à administração de Trump para que o Comando Vermelho seja incluído na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos.
O pedido faz parte de uma estratégia do governo fluminense para reforçar o cerco internacional às facções que controlam rotas de tráfico entre o Brasil, a Colômbia e o Peru — regiões estratégicas na entrada de cocaína para o país e para o envio ao exterior.
O governo federal, no entanto, é contra a proposta. De acordo com a gestão Lula (PT), a legislação brasileira não permite classificar grupos criminosos como terroristas, sob o argumento de que tal medida desalinharia o país das normas internacionais e da Constituição.










