
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, 70 anos, descreveu o tempo na prisão como “muito difícil”, “exaustivo” e “um pesadelo”. A declaração foi feita nesta segunda-feira (10) durante uma audiência perante o Tribunal de Apelação de Paris, onde ele pediu sua libertação enquanto aguarda o julgamento de seu recurso.
Condenado em 25 de setembro a cinco anos de prisão por conspiração no chamado “julgamento líbio”, Sarkozy expressou que nunca imaginou vivenciar a prisão aos 70 anos. Participando por videoconferência da prisão de La Santé, em Paris, ele elogiou a “humanidade excepcional” dos funcionários da prisão que tornaram o “pesadelo” mais suportável.
Sarkozy é o primeiro ex-chefe de Estado francês desde a Segunda Guerra Mundial a ser preso. Sua condenação de cinco anos se deu por associação criminosa, no caso que investiga o suposto financiamento ilegal de sua campanha presidencial de 2007 por Muammar Kadhafi, então líder da Líbia. Ele foi absolvido da acusação de corrupção.
Durante a audiência, o procurador Damien Brunet afirmou que os riscos de conluio e pressão sobre testemunhas justificam a libertação de Sarkozy sob supervisão judicial. A lei francesa estabelece que a prisão antes de uma decisão de recurso é uma medida excepcional.
O tribunal ouviu Sarkozy, sua defesa e o Ministério Público, e anunciou que divulgará sua decisão no período da tarde desta segunda-feira. Se o pedido for aceito, o ex-presidente deixará a prisão.
Com informações de Metrópoles










