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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse neste domingo (16) que seu governo pode estar aberto a negociações com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que enfrenta crescente pressão de Washington em meio a um aumento da presença militar no Caribe.

“Podemos ter algumas conversas com Maduro, e veremos como isso se desenrola”, disse Trump a repórteres em West Palm Beach, Flórida, antes de embarcar em um voo de volta para Washington. “Eles gostariam de conversar.”

Trump não ofereceu mais detalhes sobre a possibilidade de negociações, embora tenha sugerido que manteria a pressão sobre o regime de Maduro.

“Estamos impedindo que traficantes e drogas entrem em nosso país”, disse o líder republicano.

O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

No início do domingo (16), o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que o Departamento de Estado designaria o Cartel de los Soles, uma suposta organização de narcotráfico, como uma “organização terrorista estrangeira”, o que torna crime para qualquer pessoa nos Estados Unidos fornecer apoio material ao grupo.

Autoridades americanas acusam o Cartel de los Soles de trabalhar com a organização criminosa Tren de Aragua para enviar narcóticos aos Estados Unidos.

O governo Trump afirmou que Maduro lidera o Cartel de Los Soles, o que ele nega.

Em setembro, o Pentágono enviou navios de guerra, caças e um submarino nuclear para o Caribe, enquanto autoridades americanas consideram a possibilidade de uma ação militar contra o governo Maduro.

A sinalização de Trump surge no mesmo dia em que o Pentágono anunciou mais um ataque a uma embarcação supostamente envolvida com tráfico de drogas no Pacífico Leste, deixando três mortos.

“Informações de inteligência confirmaram que a embarcação estava envolvida no contrabando de narcóticos, transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e transportando drogas”, anunciou o Comando Sul dos EUA em uma publicação nas redes sociais.

Este foi o 21º ataque conhecido contra barcos de narcotráfico realizado pelas forças armadas dos EUA desde o início de setembro, numa ação que o governo americano classificou como justificada para interromper o fluxo de drogas para os Estados Unidos.

Os ataques já causaram a morte de mais de 80 pessoas, segundo dados do Pentágono.

Parlamentares do Congresso dos EUA, grupos de direitos humanos e aliados dos EUA questionaram a legalidade dos ataques.

O governo Trump afirmou ter autoridade legal para realizar os ataques, com o Departamento de Justiça fornecendo um parecer jurídico que os justifica e argumenta que os militares americanos que realizam as operações são imunes a processos judiciais.

Com informações de CNN Brasil.

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