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Tom Aspinall voltou a dar atualizações sobre a lesão no olho. Em 25 de outubro, o campeão peso-pesado teve a disputa contra Cyril Gane, no UFC 321, interrompida após levar uma dedada no olho. Ele foi levado ao hospital na noito do combate e compartilha novidades sobre o caso desde então. As informações são de Metrópoles.

Nesse domingo (30/11), Aspinall publicou em seu perfil nas redes sociais resultados dos exames mais recentes. Foram constatadas seis lesões, entre elas o desenvolvimento da Síndrome de Brown. A condição rara indica uma resrição do movimento do olho, por isso o lutador deve permanecer afastado dos octógonos, sem previsão de retorno.

“Dependendo da evolução clínica, podem ser necessárias injeções de esteroides perioculares direcionadas ou intervenção cirúrgica para tratar a limitação persistente da motilidade, caso os sintomas não se resolvam. O acompanhamento contínuo com especialista é necessário e permanece em andamento”, descrevia o documento publicado por Aspinall. (Confira o relatório traduzido, na íntegra, ao final da matéria).

Aspinall x Gane

Aspinall sofreu uma onda de ataques por fãs e colegas do esporte, que o acusavam de forjar a lesão para escapar do duelo. Isto porque a arbitragem da luta indicou que a dedada foi acidental.

O combate foi o evento principal do UFC 321, realizado em Abu Dhabi. Cyril Gane era o desafiante pelo cinturão peso-pesado, mas o golpe ilegal interrompeu a luta ainda no 1º round.

Confira o relatório de Tom Aspinall traduzido:

Resumo dos Achados Clínicos

Após sofrer uma lesão bilateral causada por enfiada de dedos nos olhos durante uma luta do UFC em outubro de 2025, o paciente foi diagnosticado com síndrome de Brown traumática bilateral, indicando disrupção significativa do complexo tendão–tróclea do músculo oblíquo superior. Clinicamente, ele apresenta:

  • Diplopia persistente em múltiplas posições de olhar, incluindo desvio lateral e olhar para cima.

  • Visão borrada e fotofobia após o trauma.

  • Restrição acentuada da elevação em adução em ambos os olhos, confirmada em avaliação ortóptica.

  • Redução da acuidade visual bilateral.

  • Depressão severa do campo visual periférico bilateral, conforme teste de campo visual de Humphrey.

Exames de imagem e investigações demonstraram:

  • Achados que requerem monitoramento contínuo, sem explicação estrutural definitiva identificada para o grau de déficit funcional.

  • Tomografia computadorizada (TC) inicialmente levantou preocupação com uma anomalia na parede orbital medial.

  • Ressonância magnética (RM) não demonstrou anomalia estrutural aguda que justificasse o comprometimento da motilidade ou os sintomas visuais.

  • Pressões intraoculares e achados do segmento anterior não identificaram a origem da limitação funcional.

Trata-se de um trauma ocular bilateral clinicamente significativo, que requer acompanhamento contínuo liderado por um especialista. O Sr. Aspinall ainda não está liberado medicamente para atividades de combate.

Manejo futuro: Dependendo da evolução clínica, podem ser necessárias injeções de esteroides perioculares direcionadas ou intervenção cirúrgica para tratar a limitação persistente da motilidade, caso os sintomas não se resolvam.

De modo geral, o quadro clínico permanece consistente com síndrome de Brown traumática bilateral significativa, associada a diplopia contínua, motilidade ocular restrita, função visual reduzida e perda substancial de campo visual. Os sintomas permaneciam sem resolução no final de novembro de 2025, e o acompanhamento contínuo com especialista é necessário e permanece em andamento.

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