
O balanço das inundações que assolaram vastos territórios do Sudeste Asiático e do Sri Lanka nos últimos dias voltou a piorar neste domingo (30/11), com um total de pelo menos 938 mortos e centenas de desaparecidos. Autoridades da Indonésia, Tailândia, Malásia e Sri Lanka estão empenhadas em liberar estradas de destroços e localizar pessoas desaparecidas após dias de chuvas torrenciais, enchentes repentinas e deslizamentos de terra.
Impacto por País
- Indonésia: O país foi o mais atingido, contabilizando pelo menos 442 mortos e 402 pessoas ainda desaparecidas, segundo a agência de gestão de desastres. Duas cidades na ilha de Sumatra, Tapanuli Central e Sibolga, permaneciam inacessíveis no domingo. O governo anunciou o envio de dois navios de guerra de Jacarta para entregar ajuda humanitária. Moradores da vila de Sungai Nyalo relataram que as estradas ainda não haviam sido limpas e nenhuma ajuda externa havia chegado.
- Tailândia: Pelo menos 162 pessoas morreram em uma das piores inundações da década no país. As autoridades continuam a distribuir ajuda a dezenas de milhares de desabrigados e a trabalhar na reparação dos danos. O governo implementou medidas de auxílio, incluindo indenizações de até dois milhões de bahts (cerca de € 53 mil) para famílias que perderam entes queridos. Críticas à resposta do governo levaram à suspensão de dois responsáveis locais.
- Malásia: As inundações que submergiram grandes áreas do estado de Perlis causaram a morte de duas pessoas.
- Sri Lanka: O Centro de Gestão de Desastres (DMC) informou que pelo menos 334 pessoas morreram após uma semana de fortes chuvas provocadas pelo ciclone Ditwah, e 400 outras permanecem desaparecidas. O presidente Anura Kumara Dissanayake declarou estado de emergência. O Exército foi mobilizado para apoiar as operações de resgate, e o país lançou um apelo por ajuda internacional para as cerca de 833 mil pessoas deslocadas, além de 122 mil em abrigos temporários. Cerca de um terço da população está sem eletricidade e água encanada. Este é o pior desastre natural no Sri Lanka desde 2017.
As operações de busca e resgate continuam, com foco especial nas áreas isoladas e na remoção dos destroços para restabelecer a conectividade e levar auxílio às comunidades afetadas.
Com informações de Metrópoles










