
O novo livro “Barbieland: The Unauthorized History”, da autora Tarpley Hitt, apresenta uma contranarrativa à imagem da Barbie como boneca revolucionária e ícone de empoderamento. Hitt argumenta que a Barbie não foi uma novidade original, mas sim uma “imitação barata”, cujo sucesso foi impulsionado por marketing estratégico, exploração e até mesmo espionagem.
Segundo a autora, a Mattel teria “passado anos ocultando a história da Barbie”. O livro revela que, antes do lançamento da Barbie em 1959, já existiam outras bonecas, destacando a alemã Bild Lilli como a principal inspiração. Lilli, que começou como uma personagem de quadrinhos picantes em um tabloide alemão, tornou-se uma boneca em 1955 e até estrelou um filme com atores reais em 1958, muito antes de Margot Robbie levar a Barbie às telonas.
Tarpley Hitt afirma que a criadora da Barbie, Ruth Handler, só admitiu ter visto Lilli na Suíça em 1956, décadas após a estreia da boneca, insistindo que a ideia de uma boneca adulta havia surgido anos antes.
Acusações de Espionagem e Aquisição dos Direitos de Lilli
O livro também detalha um episódio de suposta espionagem. Hitt relata que Ruth Handler teria colocado uma boneca Lilli na pasta do engenheiro da Mattel, Jack Ryan, instruindo-o a “ver se você consegue copiar isso” durante uma visita a fábricas no Japão.
Quando a empresa alemã obteve a aprovação da patente americana da Lilli em 1960, a Mattel já havia vendido “quase US$ 1,5 milhão” em bonecas Barbie, segundo a autora. Eventualmente, a Mattel comprou os direitos mundiais da boneca Lilli, “enterrando-a” em seguida. “As investigações sobre Lilli tinham o hábito de desaparecer dos registros públicos”, afirma Hitt em seu livro.
Um porta-voz da Mattel informou ao jornal The Post que a empresa “está ciente do livro”.
Com informações de Metrópoles










