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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou nas redes sociais após ter o mandato cassado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por decisão da Mesa Diretora, na tarde desta quinta-feira (18/12).

Em vídeo publicado na internet, o parlamentar afirmou que a cassação não ocorreu por envolvimento em crimes, mas, segundo ele, por exercer o papel que seus eleitores esperavam.

“Acabaram de caçar o meu mandato. Não por corrupção, por ter encontrado dinheiro na minha cueca ou por envolvimento com o tráfico de drogas. Muito pelo contrário. Caçaram o meu mandato por eu fazer exatamente aquilo que os meus eleitores esperam de mim”, declarou.

Eduardo destacou ainda que foi o deputado federal mais votado da história do Brasil e agradeceu aos eleitores que o conduziram ao cargo.

O parlamentar também comentou sua permanência nos Estados Unidos, onde está desde fevereiro, afirmando que, apesar das críticas, considera que a decisão “valeu a pena” e trouxe “consequências reais” ao que chamou de ditadores, em referência a sanções aplicadas pelos EUA a autoridades brasileiras.

“Pra mim, o que fica é uma medalha de honra, não a perda de um mandato. Essa história não acabou. Com apenas 41 anos, ainda haverá muitos capítulos dessa linda história”, afirmou.

Eduardo Bolsonaro ainda fez críticas diretas aos deputados que integram a Mesa Diretora da Câmara e votaram pela cassação. Segundo ele, parlamentares que se beneficiaram de sua atuação política em São Paulo agora teriam contribuído para a perda de seu mandato.

“Eu joguei para o grupo e fiz o certo. Mesmo sabendo agora que deputados beneficiados, que não seriam eleitos se estivessem em outro partido, votaram para caçar o meu mandato”, disse.

O ato de cassação foi publicado com as assinaturas de Carlos Veras (PT-PE), Lula da Fonte (PP-PE), Delegada Katarina (PSD-SE), Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), Paulo Folleto (PSB-ES) e Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES).

Outros mandatos cassados

Além de Eduardo Bolsonaro, a Mesa Diretora da Câmara também cassou o mandato do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ramagem foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e 1 mês de prisão por participação na trama golpista e é considerado foragido da Justiça, após fugir para os Estados Unidos em setembro.

No caso de Eduardo Bolsonaro, a cassação ocorreu pelo acúmulo de faltas nas sessões da Câmara. Autoexilado nos EUA, o deputado não tinha autorização para votar à distância. Ele chegou a tentar exercer o mandato de forma remota ao assumir a liderança da minoria, mas a iniciativa foi barrada pelo presidente da Casa, fazendo com que as ausências passassem a ser oficialmente contabilizadas.

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