Reprodução/Polícia Civil

Investigação da polícia aponta que Floyd Wallace Jr, americano investigado por crimes de exploração sexual infantil e turismo sexual preso nessa segunda-feira (22/12) no centro de São Paulo, integrava um grupo chamado “Passaport Bros”.

Esse grupo é formado por criminosos que utilizam o poder econômico para explorar vulnerabilidades sociais em países da América Latina e Sudeste Asiático. Em postagens nas redes sociais, o homem se declarava como “turista sexual”.

As autoridades também indicam que o homem bancava as viagens com dinheiro arrecadado de “financiadores” estrangeiros. Em troca, ele transmitia os atos sexuais para os criminosos.

Após o cumprimento do mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira, os agentes encontraram um pendrive. O equipamento armazenava um vídeo de abuso sexual de uma criança de seis anos produzido pelo homem com consentimento de uma mulher, possivelmente a mãe da vítima.

Os policiais também encontraram diversos celulares, além de equipamentos para produção de conteúdo digital. Os objetos foram apreendidos e passaram por perícia técnica para identificar outras possíveis vítimas e a extensão da rede de exploração sexual.

Turista investigado no Rio

Floyd Wallace Jr foi detido no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, após o início da investigação no Rio de Janeiro.

Os policiais partiram em busca do suspeito em um endereço na Bela Vista, também no centro da capital paulista. Entretanto, o estrangeiro não foi localizado no local.

Então, as autoridades entraram em contato com uma plataforma de aluguel de imóveis e foram informadas do novo paradeiro do investigado, desta vez na Liberdade. Quando percebeu a aproximação dos policiais, Floyd Wallace Jr tentou trancar o imóvel e resistiu à prisão com agressividade. Os agentes utilizaram spray de pimenta para conter e prender o homem.

Denúncia de carro por aplicativo

  • A apuração das autoridades teve início após um alerta encaminhado por uma plataforma de carros por aplicativo.
  • No dia 8 de dezembro, um motorista parceiro acionou o suporte para denunciar uma viagem de duas menores de idade no Rio de Janeiro.
  • Durante o trajeto, as jovens afirmaram que encontrariam um homem estrangeiro que não falava português. Foi o estrangeiro quem solicitou e coordenou a corrida.
  • Outras corridas semelhantes foram identificadas.
  • Segundo a polícia, o homem utilizava diversos pseudônimos como Terry William” e “Terry Wilson”, além de contas falsas para dificultar o rastreamento.

A prisão aconteceu durante a Operação Passaport No após investigação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com o apoio de campo da Polícia Civil de São Paulo e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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