
O saldo das operações de crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) registrou expansão mensal de 0,9% em novembro, alcançando R$ 7 trilhões. Os dados constam no relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito do BC (Banco Central), divulgado nesta sexta-feira (26).
De acordo com a autoridade monetária, o resultado decorreu do incremento de avanços de 0,3% no crédito às empresas (R$ 2,6 trilhões) e de 1,2% no crédito às pessoas físicas (R$ 4,4 trilhões).
O saldo das operações de crédito com recursos livres, ou seja, com recursos negociados com o mercado, totalizou R$ 4 trilhões em novembro. É um avanço de 0,7% no mês e um incremento de 7,8% em 12 meses.
No mês, o crédito livre para empresas somou R$ 1,6 trilhão, com queda de 0,1% no mês e elevação de 1,4% em 12 meses, influenciada pela antecipação de faturas de cartão (+7,2%), bem como as reduções em desconto de duplicatas e outros recebíveis (-4,1%) e capital de giro total (-0,9%).
Já o crédito livre às pessoas físicas subiu 1,3% no mês, impulsionado pelas operações de crédito pessoal (1,1%), aquisição de veículos (2,3%) e cartão de crédito à vista (1,7%).
No relatório, o BC também divulgou o saldo das operações de crédito direcionado – com recursos subsidiados por governos ou estatais. Somou R$ 3 trilhões em novembro, com expansão de 1% no mês e de 11,9% em doze meses.
O crédito direcionado às empresas e às pessoas físicas somaram, respectivamente, R$ 1 trilhão e R$ 1,9 trilhão.
As concessões nominais de crédito atingiram R$ 637,5 bilhões no mês passado. A taxa média de juros das novas operações situou-se em 31,9% ao ano.
Nas operações com empresas, os juros ficaram em 20,6% a.a., enquanto nas operações pactuadas com as famílias, a taxa média de juros ficou em 37% a.a. Já a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas situou-se em 46,7% ao ano.
O spread bancário — que mede a diferença entre as taxas médias de juros das operações de crédito e o custo de captação — alcançou 20,9 pontos percentuais, com incrementos de 0,1 p.p. no mês e de 3,5 p.p. em doze meses.
Considerados os atrasos superiores a 90 dias, o percentual de inadimplência das operações de crédito permaneceu em 3,8%, com estabilidade no mês e aumento de 0,7 p.p. em 12 meses.
Com informações de CNN Brasil.







