O presidente Jair Bolsonaro passou o ano de 2020 inteirinho falando mal da tal “vacina chinesa”. Tentou, até onde pode, desqualifica-la. Nos últimos dias, porém, a coisa deu uma reviravolta.
Primeiro: seu Ministro da Saúde anunciou que a vacinação no Brasil iniciaria simultaneamente em todos os estados brasileiros. Perdeu. Dória foi mais ágil e foi o primeiro a vacinar como havia prometido.
Segundo: teve que adquirir toda a produção da Coronavac e prestigiar o já prestigiado Instituto Butantan. De quebra, teve que engolir o discurso de Dória, a favor da “vacina chinesa”.
Terceiro: terá que se render e depender da indústria farmacêutica chinesa. Sim, porque os insumos das duas únicas vacinas com testes realizados aqui no Brasil – a Coronavac e a de Oxford/AstraZenica – são todos produzidos na China. Sem os insumos, não há como produzi-las em solo brasileiro.
Quarto: as 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZenica “encalhou”. Por isso, o Planalto teve que iniciar o Plano de Imunização nacional com a “vacina chinesa”.
Quinto: teve que admitir que a “vacina chinesa” agora é a “vacina do Brasil”.
Sexto: o Ministro da Saúde teve de ceder à pressão dos governadores para começar a vacinar na segunda-feira (dia 18/01/2021) e não mais na quarta-feira (20/01/2021) como havia prometido.
Todos esses fatos, em conjunto, nos mostram que ninguém tem o controle de nada. A arrogância e a prepotência nunca foram boas companheiras.
A História da humanidade é próspera em testemunhar a ruína de governantes, reis e principados. Acho que começou a queda de mais um deles.
A Ciência calou todos os seus algozes.
Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos pesquisadores de boa vontade!!
Alipio Reis Firmo Filho
Conselheiro Substituto – TCE/AM e Doutorando em Gestão