
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagrou, nesta terça-feira (30/5), operação contra a extração ilegal de ouro na Terra Indígena do Baú, no Pará. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, sendo três de aeronaves utilizadas no garimpo ilegal.
A operação conjunta foi realizada entre o Ibama, Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Na região, o Ibama também realizou o embargo de uma empresa pelo comércio irregular de combustíveis. O instituto aplicou uma multa de R$ 220,5 mil.
De acordo com comunicado, todas as aeronaves foram localizadas e apreendidas. Duas foram encontradas no município de Novo Progresso (PA) e outra em Poconé (MT).
Simultaneamente, Grupo Especializado de Fiscalização do Ibama sobrevoou a TI do Baú para identificar e destruir os equipamentos utilizados no garimpo ilegal na região.

Além os problemas ambientais e de saúde pública, a presença do garimpo ilegal na TI do Baú provoca conflitos étnicos entre a população Kayapó, segundo o Ibama.
Ainda de acordo com o Ibama, na região, alguns indígenas foram cooptados por garimpeiros para trabalhar na retirada de ouro na região, enquanto uma parcela é contra a presença dos criminosos.
Em agosto de 2022, cerca de 40 garimpeiros que faziam a extração ilegal de ouro na região foram rendidos e mantidos sobre vigilância de indígenas da TI Baú.
Com informações de Metrópoles