A cidade de Manaus enfrentou menos problemas com a cheia deste ano. A constatação é da Prefeitura de Manaus que realizou, de forma antecipada e integrada, ações de prevenção como a retirada de lixo dos igarapés, construção de mais de três quilômetros de pontes nas áreas afetadas, cadastramento de famílias e orientações sobre doenças ocasionadas pela contaminação da água.

Até o momento, por exemplo, o trabalho de dragagem (retirada de entulhos) já foi realizado em 46 igarapés, somando 12 mil metros cúbicos de lixo retirado. O município também manteve a vigilância na limpeza dos cursos d’água e melhorou a educação ambiental da população, que jogou menos lixo nas ruas e igarapés.

“A cheia sempre preocupa e chegamos a ter pronto o decreto de emergência, mas, graças a Deus, o rio Negro chegou à cota crítica de 29 metros e recuou no dia seguinte”, observou o prefeito Arthur Virgílio Neto, ressaltando que as ações de planejamento para a enchente de 2017 foram realizadas ainda em janeiro.

Segundo a Defesa Civil do Município, avaliando a situação e seguindo o planejamento com reunião com os técnicos, não há aporte para decretar situação de emergência devido ao nível do rio Negro estar descendo, mas o monitoramento continua para verificar se realmente fica definido o início da vazante.

“Após a divulgação do primeiro alerta da cota da cheia deste ano, no dia 31/3, a programação de construção de pontes provisórias teve início nas áreas vulneráveis de alagação. Já são mais de três mil metros de pontes provisórias construídas nos bairros afetados”, explicou o secretário municipal da Defesa Civil, Cláudio Belém.

‘SOS Enchente’

Conforme a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) 2.610 famílias foram identificadas em 15 bairros diferentes. Outros 500 famílias não foram encontradas nas residências, mas os locais estão identificados em relatórios. Na zona ribeirinha, também, aproximadamente 500 famílias estão mapeadas pelo SOS Enchente, caso fosse decretada a Situação de Emergência. O trabalho de identificação aconteceu em abril.

A reunião integrada envolveu, entre outros órgãos, as secretarias municipais de Infraestrutura (Seminf), de Limpeza Urbana (Semuslp), da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh), de Saúde (Semsa), de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno (Semef) e de Comunicação (Semcom), além da Subsecretaria de Abastecimento, Feiras e Mercados (Subsempab) e o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans).

O terceiro alerta, emitido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), previa que a cheia alcançaria entre 28,98m a 29,46m, com média de 29,21m, porém, avaliando o rio Negro, desde o dia 31/5, a água do rio tem indicado estabilização.

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