O Ministério das Comunicações assinou, nessa terça-feira (19/11), acordos de conectividade e economia digital com a empresa chinesa SpaceSail e a Administração Nacional de Dados da China. O plano pode colocar em risco a superioriedade da Starlink do bilionário Elon Musk no fornecimento de internet em áreas remotas do Brasil.

O governo brasileiro explica que a “SpaceSail está desenvolvendo um serviço de internet de alta velocidade por meio de um sistema de satélites de órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês)”.

Parte do acordo com a Telebras permite que as empresas estudem a demanda por internet via satélite em locais em que a infraestrutura de fibra óptica não chega, como áreas rurais, o que permitiria a “inclusão digital dessas localidades”.

O presidente da Telebras, Frederico Siqueira Filho, destacou que “a SpaceSail, com seu projeto de constelação de satélites de baixa órbita, trará ao Brasil uma nova geração de conectividade de alta velocidade com custo acessível, muito importante para o cidadão brasileiro”.

O plano prevê que a empresa chinesa de satélites SpaceSail opere no mercado brasileiro, atualmente, dominado pela Starklink.

Segundo informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no Brasil, a Starlink detém 45,9% do mercado de internet via satélite.

A SpaceSail é uma empresa privada chinesa com sede em Xangai que atua no mercado de internet de banda larga provido por satélites de órbita baixa. Hoje, a companhia tem 18 satélites e pretende chegar a 15 mil até 2030.

Os acordos assinados não preveem quando as operações da companhia chinesa serão iniciadas no Brasil.

Musk x Brasil

O acordo entre Brasil e China é assinado pouco mais de dois meses do ápice do conflito entre Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o que levou à suspensão do X no Brasil.

A plataforma ficou inacessível a partir de 31/8, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão. As contas da Starlink também foram bloqueadas até que o pagamento das multas estipuladas pelo STF.

O X voltou a operar no Brasil em 8/10, após a rede social regularizar as demandas da Suprema Corte brasileira. Com Metrópoles.

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