Deyvide José, suspeito de participação na morte do delegado Aldiney Goes Alves, desembarcou nesta segunda-feira, 31, em Belém, depois de ser capturado em Araguaína, no Tocantins (Foto: Divulgação)

Deyvide José dos Santos, de 26 anos, acusado de participar do latrocínio (assalto seguido de morte) do delegado amazonense Aldeney Goes Alves, prestou depoimento em Belém na manhã desta segunda-feira (31). Ele foi preso na noite do último sábado (29), enquanto tentava fuga em um ônibus de viagem interestadual, que seguia de Marabá, no Pará, para Santa Catarina (SC).

Deyvide chegou nesta segunda (31) em Belém, por volta de 10h da manhã, foi apresentado na Delegacia Geral da Polícia Civil, em São Brás, onde foi ouvido pelo delegado geral Walter Resende.

De acordo com a polícia, Deyvide confessou o crime e também deu informações para identificar e localizar outros criminosos envolvidos, inclusive o comparsa que aparece nas imagens na noite do crime, identificado como Mikael de Souza, conforme afirma o delegado-geral.

“O Deyvide já foi ouvido. Ele confessou, até porque não tinha outro caminho, já que todas as provas estão muito bem substanciadas no inquérito. Com a confissão dele, a gente está conseguindo também identificar todos os outros integrantes desse grupo criminoso”, informou Walter Rezende.

O delegado afirma que esse não teria sido o primeiro crime cometido por Deyvide José dos Santos, pelo contrário, que o acusado já teria passagem pela polícia por praticar outros assaltos, seguindo o mesmo modo de ação que, dessa vez, vitimou Aldeney Goes.

Sobre a possibilidade de haver mais envolvidos no crime, o delegado comenta que não há dúvidas, e que pelo menos mais um participante já foi identificado:

“Nós não temos só a identificação como toda a dinâmica do fato. A pessoa que deixou a moto no local do crime, o veículo utilizado, todo o modus operandi que a gente consegue visualizar na filmagem. É questão de tempo para colocá-los na cadeia”, garante.

Criminosos não sabiam que a vítima era policial

Ainda com base no depoimento de Deyvide José dos Santos, nem ele nem os comparsas que estão envolvidos no crime tinham conhecimento de que a vítima abordada por eles na noite de sexta-feira, 28, fosse um policial civil.

“Eles não tinham conhecimento de que a vítima era delegado. Eles estavam em busca mesmo de patrimônio, mas, em razão de como tudo ocorreu, eles não conseguiram levar nenhum bem. Ainda assim o crime foi caracterizado como latrocínio”, explica o delegado Walter Resende.

Deyvide e o comparsa tentaram fugir para fora do estado

O delegado Walter Resende conta que, ainda na noite de sexta-feira, 28, quando aconteceu o latrocínio que matou o delegado amazonense Aldeney Goes Alves, a dupla que entrou na farmácia e teve as imagens registradas por câmeras de segurança já foi imediatamente identificada pela Polícia Civil do Pará (PC), que deu seguimento à tentativa de localizar os criminosos.

Segundo Walter Resende, a as equipes da Polícia Civil do Amazonas chegaram a Belém ainda no sábado e se dividiram em duas frentes, para dar apoio às diligências: uma equipe ficou em Belém para dar apoio às investigações de outros envolvidos no crime na Região Metropolitana de Belém e outro grupo seguiu para Marabá, sudeste do estado, acompanhado de policiais civis do Pará, onde realizaram a prisão do primeiro acusado.

“Ainda no decorrer da noite de sábado, depois da informação de que os criminosos estavam em Marabá, a gente recebeu a informação de que eles já estavam empreendendo fuga para fora do Estado. Interceptamos eles no ônibus que ia para Santa Catarina, ainda ali por Tocantins, e nessa interceptação um deles conseguiu fugir, mas o Deyvide foi preso”, detalha.

Deyvide vai responder por latrocínio. Ele já tinha passagem pela polícia por outros assaltos e estava, até sexta-feira, em liberdade condicional. Ainda nesta segunda-feira, 31, ele passa por exame de corpo de delito e, depois, será encaminhado para o sistema penitenciário. (Com O Liberal)

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