O advogado criminalista Vilson Benayon, de João Lucas da Silva Alvez, o “Lucas Picolé”, defendeu a integridade de seu cliente: “A rifa do Lucas (Picolé) não tinha autorização do Ministério da Fazenda? Não tinha. Mas isso não compromete a credibilidade de João Lucas Alves. Ele sempre entregou os prêmios a todos os vencedores das rifas. Vamos recorrer dessa pena de seis anos e sete meses, preparando a apelação para os tribunais superiores.”

O digital influencer foi condenado nesta sexta-feira (19) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) a uma pena de seis anos e sete meses de reclusão, inicialmente no regime semiaberto. Picolé, que foi preso em junho do ano passado durante a Operação Dracma, realizada pela Polícia Civil do Amazonas, alega que “nunca houve qualquer tipo de manipulação no resultado das rifas” promovidas por ele.

Enzo Felipe da Silva Oliveira, também condenado pelo TJAM a uma pena de um ano e sete meses de reclusão no regime aberto, responderá ao processo em liberdade.

“A mesma situação ocorre com Enzo, que foi condenado a um ano e sete meses. Eles vão responder ao processo em liberdade. Já no caso de Isabelly Aurora, todas as acusações feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil foram consideradas improcedentes, resultando em sua absolvição”, acrescentou o defensor.

Benayon explicou que Lucas Picolé e Enzo Felipe foram condenados por realizar rifas sem a autorização do Ministério da Fazenda. “Ficou comprovado que todas as testemunhas de acusação confirmaram a entrega dos prêmios. Não existe um estelionato da forma como foi divulgado, de que o sorteio já teria um ganhador predefinido. Não há provas de manipulação dos resultados”, afirmou.

Lucas Picolé

Lucas Picolé refutou as acusações de fraude nas rifas e de comercialização de armas de fogo para associações criminosas. “Fui muito acusado nas redes sociais. Disseram que manipulei e fraudei rifas, mas nem respondo judicialmente por isso. Quem me segue sabe que tenho arma de airsoft, mas na mídia ocultaram a ponta laranja e divulgaram como se eu vendesse armas para facções. Isso nunca aconteceu. Nunca houve fraude”, declarou o influencer.

Picolé adiantou que pretende retomar as rifas de forma legalizada. “Vamos voltar com as rifas de forma regularizada. Já voltamos, na verdade. Estamos em contato com empresas especializadas em regularização e autorização de rifas. Com a nova lei publicada pelo Congresso Nacional, é uma atividade lícita que será explorada. Ficou comprovado que ele não enganou ninguém com as rifas que fez”, enfatizou Vilson Benayon.

Absolvições

Segundo o TJAM, Aynara Ramilly Oliveira da Silva, Flávia Ketlen Matos da Silva, Isabel Cristina Lopes Simplício, Isabelly Aurora Simplício Souza, Marcos Vinícius Alves Maquiné e Paulo Victor Monteiro Bastos, também réus na mesma ação penal, foram absolvidos de todas as acusações. Isabelly Aurora expressou sua felicidade com a absolvição após o término do julgamento na 4ª Vara Criminal.

“Agora posso dizer que não devo nada à Justiça. Comprovei minha inocência. Estou muito feliz por ter sido absolvida. Só Deus sabe o que passei durante este um ano de processo. A Justiça nos proibiu de falar sobre o caso, mas agora posso responder a qualquer pergunta. Estou feliz por ter sido inocentada de tudo”, declarou Aurora, cuja casa foi alvo de busca e apreensão durante a fase de investigação.

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