
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão temporária do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele foi detido nesta sexta-feira (26/12) no aeroporto de Assunção, Paraguai, quando tentava embarcar para El Salvador.
O ex-diretor da corporação foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pela Suprema Corte por integrar a trama golpista. Na fuga, ele teria rompido a tornozeleira eletrônica e tentado deixar o Brasil pelo Paraguai. Como o aparelho de monitoramento foi danificado, as autoridades brasileiras lançaram alguns alertas. Quando Silvinei chegou ao território paraguaio, a polícia local o prendeu.
“A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares
impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, conforme pacífica jurisprudência desta Suprema Corte”, escreveu Moraes na decisão referendada nesta sexta-feira,
Autoridades do Paraguai analisam a “expulsão sumária” do ex-diretor da PRF. De acordo com fontes da diplomacia brasileira, as autoridades locais estão em contato com a escritório da Polícia Federal (PF) a fim de obter “a expulsão sumária” de Silvinei do país. A princípio, ele deverá ser entregue às autoridades policiais brasileiras na Tríplice Fronteira.
Silvinei morava em Santa Catarina, onde cumpria medidas restritivas desde agosto do ano passado. Ele seguia com o uso de tornozeleira eletrônica e estava proibido de deixar o país.
Vasques tem 50 anos e comandou a PRF entre abril de 2021 e dezembro de 2022, durante o governo Bolsonaro. Segundo a Justiça, ele teria sido responsável por ordenar a realização de centenas de abordagens a ônibus ao longo do dia de votação do segundo turno da eleição presidencial de 2022, em especial em regiões do Nordeste do país, com o objetivo de impedir que eleitores votassem.
Com informações de Metrópoles.







