O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) • Ton Molina/STF

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscam organizar uma estratégia de reação unificada e sem desencontros após sua prisão preventiva neste sábado (22).

Parlamentares bolsonaristas foram orientados a concentrar respostas à prisão na ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e no senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Uma mensagem atribuída ao líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), circulou no grupo de WhatsApp de congressistas com apelo para que aliados de Bolsonaro submetam as manifestações a Flávio e a Michelle.

“A partir de agora, qualquer fala pública, qualquer entrevista, qualquer declaração mais sensível precisa ter a ciência e a anuência deles”, diz um trecho da mensagem.

“Não é censura, não é engessamento. É proteção ao próprio presidente e ao movimento como um todo”, afirma.

Na avaliação de nomes próximos ao ex-presidente, o momento é de cautela para evitar prejuízo jurídico a Bolsonaro.

Além de evitar declarações isoladas, seus aliados não devem se dirigir à Polícia Federal, ao condomínio onde ele mora ou a qualquer outro local ligado ao ex-presidente.

Ainda neste sábado, um grupo mais próximo de políticos ligados a Bolsonaro deve discutir estratégias política, jurídica e de comunicação.

Qualquer manifestação será feita na sede nacional do PL, considerado pelo entorno do ex-presidente como um local “neutro, adequado e institucional”.

Além da reação política, há um pedido de cautela sobre os motivos da prisão. A defesa ainda quer entender se houve mesmo indícios de tentativa de quebra da tornozeleira, como registrou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em sua decisão.

Para aliados, esse aspecto deve ser explorado “com força e com técnica, não com emoção desordenada.”

Com informações de CNN Brasil.

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