O Ministério da Defesa anunciou, nesta quarta-feira (11/12), que mulheres poderão se alistar voluntariamente para as Forças Armadas quando completarem 18 anos em 2025. As candidatas terão de 1º de janeiro a 30 de junho para se inscreverem.

Essa é uma iniciativa pioneira dentro das Forças Armadas, pois, até a decisão, o alistamento aos 18 anos era restrito aos homens, sejam convocados, sejam voluntários.

As Forças Armadas devem ofertar cerca de 1,5 mil vagas em 28 municípios de 13 estados e no Distrito Federal. Serão disponibilizadas 155 vagas na Marinha, 1.010 no Exército e 300 na Aeronáutica.

“A ideia é compor a força de trabalho e qualificar o serviço militar ainda mais. Elas vão ingressar de forma voluntária, e isso implica em uma grande transformação social”, destacou o subchefe de Mobilização do Ministério da Defesa, contra-almirante André Gustavo Guimarães.

Ele acrescentou que a decisão trará “às mulheres essa possibilidade de compor a força de trabalho, de qualificar ainda mais a força de trabalho que ingressa voluntariamente às Forças”.

Os alistamento feminino poderá ser feito pela internet ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar.

Critérios para o alistamento feminino

As candidatas precisam:

  • completar 18 anos em 2025;
  • residir em um dos municípios contemplados no Plano Geral de Convocação.

Os documentos solicitados para a inscrição são:

  • comprovante de residência;
  • certidão de nascimento ou prova de naturalização;
  • documento oficial com foto, como identidade ou carteira de trabalho.

Etapas processo de recrutamento

  • Alistamento;
  • Seleção geral;
  • Seleção complementar;
  • Designação/distribuição;
  • Incorporação.

As candidatas precisarão participar de uma seleção, que inclui entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos.

Elas poderão escolher qual das três Forças Armadas — Exército, Marinha ou Aeronáutica — que desejam trabalhar, mas a incorporação dependerá, também, da aptidão da candidata e da disponibilidade de vagas.

Ao serem incorporadas, as mulheres ocuparão a graduação de soldado ou, no caso da Marinha, de marinheiro-recruta, e terão os mesmos direitos e deveres dos homens.

As mulheres serão incorporadas em 2026, entre 2 e 6 de março ou entre 3 e 7 de agosto, e cumprirão 12 meses de serviço militar, que podem ser prorrogados até oito anos, caso haja interesse do comando e da militar.

Elas terão acesso a benefícios semelhantes aos dos homens, ou seja, receberão remuneração, auxílio-alimentação, licença maternidade e contagem de tempo para aposentadoria.

O Ministério da Defesa destacou que a intenção é aumentar, progressivamente, o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Inicial Feminino até chegar ao índice de 20%.

Cidades com vagas

As cidades escolhidas, segundo as Forças Armadas, contam com mulheres nas instalações militares. Sendo assim, os quarteis têm estruturas como alojamentos para receber as novas candidatas.

  • Águas Lindas de Goiás (GO)
  • Belém (PA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Brasília (DF)
  • Campo Grande (MS)
  • Canoas (RS)
  • Cidade Ocidental (GO)
  • Corumbá (MS)
  • Curitiba (PR)
  • Florianópolis (SC)
  • Formosa (GO)
  • Fortaleza (CE)
  • Guaratinguetá (SP)
  • Juiz de Fora (MG)
  • Ladário (MS)
  • Lagoa Santa (MG)
  • Luziânia (GO)
  • Manaus (AM)
  • Novo Gama (GO)
  • Pirassununga (SP)
  • Planaltina (GO)
  • Porto Alegre (RS)
  • Recife (PE)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • Santa Maria (RS)
  • Santo Antônio do Descoberto (GO)
  • São Paulo (SP)
  • Valparaíso de Goiás (GO)
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