Dinheiro é coisa séria para os 300 alunos da Escola Municipal República do México, no conjunto Beija-flor, bairro Flores, zona Centro-Sul. Durante o primeiro semestre, a cada atividade proposta pelos professores e cumprida pelos estudantes, eles recebiam um dinheiro fictício. O ‘pagamento’ faz parte do projeto Dinheirinho, criado para ensinar educação financeira. E ontem (10/8), foi dia de fazer compras na feira de brinquedos montada na escola, com os valores arrecadados.

O projeto Dinheirinho foi criado como forma de incentivar a educação financeira dos alunos e, ao mesmo tempo, despertar as atitudes conscientes de responsabilidade com as atividades propostas pelos professores. Cada atividade realizada como leitura e tabuada, além de frequência, comportamento e responsabilidade equivale a um valor, que varia de R$ 1 a R$ 10, utilizados nas ‘compras’.

A unidade tem um Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 87%, mas de acordo com a gestora da escola, Lucy Meire Braga, a meta é chegar aos 97%. “Nós sentimos a necessidade de criar um mecanismo que despertasse no nosso aluno a vontade de se dedicar mais aos estudos, de uma forma que ele não achasse chato ou sufocante e conseguimos por meio do projeto”, informou.

As salas de aula da unidade foram transformadas em lojas e, nessa brincadeira, os pais e responsáveis também participaram doando brinquedos para o projeto. “Esse é o primeiro ano da minha filha na escola e estou achando muito importante esse projeto. Isso ajuda a criança a se preparar para o mundo, entendendo que dinheiro é coisa séria, se tornando no futuro um cidadão consciente e responsável financeiramente”, comentou Alessandra Maciel, mãe de Micaely da Silva, 9, aluna do 4º ano da unidade.

Melissa da Silva, 10, que estuda em uma das turmas do 5º ano, se dedicou bastante nas atividades e arrecadou mais de R$100. A menina falou sobre os planos para a utilização do valor. “Foi muito legal trabalhar com esse projeto, eu aprendi mais sobre tabuada e o valor do dinheiro e o que eu arrecadei quero comprar uma bola”, contou.

Para a professora do 1º ano, Irlene Sampaio, o objetivo principal do projeto, que era conseguir avançar na leitura e escrita dos estudantes e torna-los mais responsáveis e preparados para o mundo, foi alcançado.

“Os alunos demonstraram muito empolgação com o projeto, se esforçaram bastante nas atividades, na responsabilidade em entregar os trabalhos e não faltar às aulas”, salientou a professora.

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