De acordo com MP, Raylan Barroso pagou para que homens extraíssem cerca de 30 dúzias de tábuas de mulateiro e 40 dúzias de tábuas de maçaranduba para a construção de sua casa recreativa, na comunidade rural Santa Rita (Montagem Fato Amazônico)

O prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso, principal alvo da Operação Cama de Gato da Polícia Federal, na última quinta-feira (2/3), desta vez foi denunciado foi denunciado pelo Ministério Público do Amazonas ao juízo do município pelos crimes de extração ilegal de madeira e degradação ambiental, praticados por três indivíduos no ano de 2019.

De acordo com as investigações instauradas em janeiro de 2020 foi constatado que o prefeito Raylan Barroso de Alencar, pagou cerca de R$ 21,4 mil para que dois homens extraíssem cerca de 30 dúzias de tábuas de mulateiro e 40 dúzias de tábuas de maçaranduba para a construção de sua casa recreativa, na comunidade rural Santa Rita.

Conforme o Inquérito Civil (nº 186.2020.000019) instaurado pelo promotor de justiça Caio Lúcio Fenelon, de Eirunepé, os indícios de autoria e materialidade do crime estão comprovados nos autos, incluindo fotografias, imagens via satélite e recibos apresentados pelos investigados, que confirmaram a extração da madeira, os valores pagos e a falta de autorização dos órgãos competentes.

“A extração de recursos ambientais é amparada para o uso sustentável, dentro da própria comunidade, para moradia de seus residentes, o que não é o caso dos autos, uma vez que houve comercialização de madeira para a construção da casa luxuosa de recreação do prefeito, que sequer reside ou pertence à comunidade”, enfatizou o promotor.

 

PF deflagra operação ‘Cama de Gato’ que desviou R$ 10 milhões em contratações fraudadas, em Eirunepé

Artigo anteriorSaullo diz que fala de secretário da Reforma Tributária gera insegurança jurídica à Zona Franca de Manaus
Próximo artigoComeça nesta terça o 1º Grande Encontro Anual dos Produtores de Borracha e Parceiros