Ney Xavier

Manaus – O Amazonas deu um passo inédito rumo à transição energética com a assinatura do contrato para a implantação da primeira usina portuária movida a gás natural da região Norte. O acordo foi firmado nesta quarta-feira (2/7) entre o Governo do Estado, por meio da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), e o terminal privado Super Terminais, com previsão de investimento de R$ 30 milhões.

O projeto contempla a construção de uma unidade de geração de energia a gás natural destinada ao funcionamento dos guindastes responsáveis pelas operações de carga e descarga no porto. A iniciativa faz parte de um esforço para substituir o uso de combustíveis mais poluentes, como o diesel, por alternativas com menor impacto ambiental.

Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima, a ação marca um avanço estratégico na diversificação da matriz energética estadual. “O gás natural é uma fonte mais limpa e segura dentro do processo de transição energética, emitindo menos poluentes em comparação ao diesel e à gasolina”, afirmou.

O diretor-geral do Super Terminais, Marcello Di Gregorio, destacou que a nova usina permitirá a redução de aproximadamente 17 mil toneladas de dióxido de carbono lançadas anualmente na atmosfera. A medida contribui para transformar o terminal no primeiro “porto verde” do país.

“Ao substituir o combustível tradicional pelo gás natural, damos uma contribuição real para a preservação ambiental, o que equivale à retirada de milhares de veículos das ruas e à conservação de áreas significativas de floresta”, pontuou Di Gregorio.

O deputado estadual Adjuto Afonso (União Brasil) celebrou a formalização do contrato, ressaltando o papel estratégico do gás natural na economia local. Para ele, a ampliação do uso dessa fonte energética tende a beneficiar diretamente o Polo Industrial de Manaus, além de fomentar o desenvolvimento regional.

“O gás natural está sendo usado de forma inteligente para gerar empregos, atrair investimentos e consolidar o potencial produtivo do Amazonas. Essa iniciativa é um exemplo a ser seguido por outros empreendedores”, declarou o parlamentar.

Com a entrada em funcionamento da usina, Manaus avança no protagonismo da agenda energética e ambiental da região Norte, sinalizando um futuro mais sustentável para a infraestrutura portuária e industrial da capital.

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