A Polícia Civil identificou, nesta quinta-feira (31), o corpo de Clisia Lima da Silva, 35 anos, natural de Manacapuru, no Amazonas, encontrado no Rio Jaguari, em Piracaia, interior de São Paulo, na manhã do dia anterior (30). Clisia, que havia se mudado recentemente para Bragança Paulista (SP) para viver com o namorado, foi vítima de um homicídio brutal que chocou a comunidade local e levantou suspeitas de feminicídio. O companheiro da vítima, identificado Edson Cardoso Fernando Sales, 36, com quem ela residia, é o principal suspeito do crime e deverá prestar depoimento à polícia nos próximos dias.
Segundo o delegado Sandro Montanari, da Seccional de Bragança Paulista, a causa da morte foi identificada como politraumatismo craniano, com fraturas na cabeça e coluna, causadas por um golpe de grande impacto. A perícia indicou que Clisia não apresentava sinais de luta ou resistência, sugerindo que o ataque tenha ocorrido de forma súbita. Ainda que seu corpo tenha sido encontrado no rio, a hipótese de afogamento foi descartada. Clisia foi localizada com os membros amarrados, próxima a uma ponte com cerca de 20 metros de altura, reforçando as suspeitas de homicídio qualificado.
A investigação, que inicialmente suspeitava que Clisia estivesse grávida, teve a hipótese desmentida após exame necroscópico. A amazonense, que deixa uma filha pequena, tinha tatuado no corpo o nome da criança e frequentemente compartilhava mensagens carinhosas para ela em suas redes sociais.
Família Lança Vaquinha para Trazer Corpo ao Amazonas
A família de Clisia, que reside em Manaus, iniciou uma campanha de arrecadação online para cobrir os custos do traslado do corpo para o Amazonas. Com uma meta de R$ 15 mil, a campanha foi organizada pela irmã da vítima e busca ajuda financeira para o transporte do corpo.
“Sou irmã da Clisia Lima da Silva, que infelizmente foi morta como vítima de feminicídio em Bragança Paulista-SP. Nossa família reside em Manaus-AM, e o transporte do corpo é muito caro; não temos condições de pagar. Este valor é inicial para custear o translado. Somos eternamente gratos por toda ajuda”, escreveu a irmã no site da campanha.
O caso foi registrado como homicídio na Delegacia de Piracaia e está sendo investigado pela Polícia Civil, que segue reunindo evidências e ouvindo testemunhas para apurar os detalhes do crime.