O governador eleito, Amazonino Mendes (PDT), em uma coletiva de imprensa rápida de 21 minutos na tarde desta sexta-feira (22), disse que não vai admitir ingerência política na formação de seu secretariado. “O Estado não é cabide de emprego. Temos problemas sérios na segurança, educação e saúde e precisamos readaptar o governo, mas sem ingerência política”, afirmou, deixando um recado para o grande número de aliados que o apoiaram na eleição suplementar de que o secretariado será escolhido por ele. “Nenhum parceiro político chega ao Amazonino dizendo que quer secretaria tal. Não se faz um governo de colcha de retalhos”.

“Os nomes sairão de uma única fonte chamada Amazonino Mendes. Não se trata de exclusivismo”, disse Amazonino, afirmando ainda que quando deixou o governo, o Estado tinha apenas 14 secretarias, hoje tem 68 e nada funciona. “A Presidência da República tem 39 ministério o que já acho muito, o nosso estado tem 68 isso é uma loucura”, disparou Amazonino, que não deu pistas sobre nomes de seu secretariado, mas afirmou que o grupo de transição vem fazendo um trabalho extremamente técnico. “Para conseguir nomes e consagrá-los é preciso um crivo enorme”.

Sobre possíveis demissões, o governador disse: “Lógico que um caminho que existe é a demissão. Mas tem um problema sério. Tira ali uma pessoa empregada graciosamente e a família vai passar fome”, acrescentou o governador.

“O povo tinha hospital e não tem mais. Tinha maternidade e não tem mais”, acrescentou Amazonino Mendes, informando que ainda não pode falar em números porque a equipe de transição do governo, que tem à frente o ex-secretário e saúde, Francisco Deodato, continua fazendo os levantamentos. “Na outra semana podemos passar algumas informações”.

Em relação a alguma medida de impacto na questão da segurança, Amazonino disse que não existe essa medida. “Quero fazer medidas administrativas. O assunto é estrutural. O trabalho é demorado, mas meu tempo é curto terei de multiplicar. Tomaremos as providencias até a coisa se ajustar. Não estou pegando um barco que está navegando”, declarou, querendo dizer que  barco (Estado) está naufragando.

O governador disse ainda que, o comportamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado, que mudou sua posse do dia 5 para o dia 10 de outubro é antijurídico. “Vai todo mundo voltar às boas, o entendimento tudo vai ficar bem para haver harmonia entre os poderes. Não é bom atritar os poderes”, disse Amazonino.

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