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Os credores da rede de varejo Americanas aprovaram na terça-feira (19) o plano de recuperação judicial da empresa, após um escândalo por inconsistências contábeis, informou a companhia em um comunicado.

Reunidos em assembleia, os credores “aprovaram o aditamento ao Plano de Recuperação Judicial do Grupo Americanas com ajustes negociados”, indicou a nota emitida na noite de terça a seus acionistas e ao mercado.

Um total 91,14% dos credores que representam quase a integralidade da dívida aprovaram o plano, segundo imagens da votação divulgadas pela imprensa.

“A companhia acredita que o PRJ (plano) aprovado atende a todas as partes interessadas de forma equilibrada e representa um importante passo no processo de reestruturação do Grupo Americanas”, acrescenta a nota.

Americanas iniciou em janeiro de 2023 o plano de recuperação judicial, que consiste na execução de medidas para evitar a falência.

Após a aprovação, o plano deverá ser homologado pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que tramita o processo.

A empresa – fundada em 1929 – se envolveu em um escândalo em 11 de janeiro de 2023, quando seu recém-nomeado CEO, Sérgio Rial, renunciou após informar que encontrou inconsistências contábeis de cerca de 20 bilhões de reais.

Isso causou a queda das ações da empresa e uma onda de ações por parte dos credores. Suas operações se tornaram insustentáveis e a empresa precisou iniciar uma recuperação judicial.

A gigante de vendas presenciais e por internet, então com cerca de 40.000 funcionários, se dispôs a negociar uma dívida estimada em 43 bilhões de reais com 16.300 credores, indicou à Justiça.

Segundo o plano divulgado em seu site, os milionários e grandes acionistas das Americanas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira, que negaram conhecer as manobras contábeis, aumentaram o capital da empresa “em 12 bilhões de reais”.

Com informações de: Istoé

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