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Apontado pela Polícia Federal como amigo do influenciador fitness Renato Cariani, o empresário Fabio Spinola também é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para produção de crack. Investigações no âmbito da Operação Hinsberg, deflagrada nesta terça-feira, apontaram Spinola como intermediador da ação criminosa. Na casa dele foram encontrados mais de R$ 100 mil em espécie.

De acordo com informações da PF, Spinola já foi investigado por tráfico em Minas e no Paraná e chegou a ser preso por envolvimento com a venda de entorpecentes. O empresário seria um dos responsáveis por realizar depósitos em espécie na conta da Anidrol sobre responsabilidade da AstraZeneca em 2019. Segundo as investigações, ele criou um falso e-mail em nome de um suposto funcionário da AstraZeneca, com quem a empresa de Cariani teria negociado a compra dos produtos.

A PF e o MP pediram a prisão preventiva do influenciador, da sócia dele e de Fábio Spínola, mas a Justiça negou.

Os agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do influenciador fitness Renato Cariani após 60 transações dissimuladas para mascarar desvio de produtos químicos para produção de drogas.

Segundo a PF, o principal alvo no caso é a empresa Anidrol, uma indústria química que fica em Diadema, na grande São Paulo, e tem como sócio o influenciador fitness. “As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras”, informou a PF.

O esquema do qual Renato Cariani fazia parte desviou, em seis anos, uma quantidade de produtos químicas suficiente para produzir 19 toneladas de crack. A investigação, em parceria com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), começou em 2019 a partir de uma denúncia do laboratório AstraZeneca, o mesmo que fabrica vacinas e medicamentos.

A investigação identificou que o grupo criminoso emitiu e faturou notas em nome de três grandes empresas entre 2014 e 2021, sendo elas: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica. Até o momento, foram identificadas 60 transações vinculadas à organização criminosa — totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila).

Além disso, os envolvidos teriam usado outras metodologias, segundo a PF, para ocultar os valores ilícitos recebidos, com uso de pessoas interpostas e empresas fictícias.

A PF e o MP pediram a prisão preventiva do influenciador, da sócia dele e de Fabio Spinola, mas a Justiça negou.

Com informações de: O Globo 

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