Eu sempre me considerei um escritor solitário. No entanto, devido há inúmeros fatores, que não vem o caso aqui citá-los, dei o braço a torcer e aceitei o convite para participar da Associação de Escritores do Estado do Amazonas (ASSEAM), rendendo-me àquela máxima que diz: “juntos somos fortes, separados somos fracos”. E assim, sábado passado, dia 02 de novembro, lancei o meu novo livro Amores que Transformam, Editora Escola Cidadã, Contagem, Minas Gerais, 122 páginas, na 39ª Feira de Livros Sesc, com apoio irrestrito da ASSEAM.
Amores que Transformam é um livro de contos que apresenta 33 estórias divertidíssimas a respeito do amor. É verdade que algumas delas são tristes e outras tantas reflexivas, mas todas elas nos fazem refletir sobre o verdadeiro sentido do amor. Eu poderia escrever páginas e páginas sobre o amor. Dizer como é um assunto muito discutido e muito amplo e consequentemente isso o torna banalizado por muitos. Por exemplo,casamentos de algumas décadas atrás duravam toda a vida; hoje em dia, eles se desfazem porque o amor acaba.
Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro Amor Líquido, o amor passou a ser considerado um sentimento passageiro e não mais uma decisão de uma vida. Nos relacionamentos familiares e até nos círculos de amizade, é possível enxergar esse problema. E para não ser repetitivo, vou transcrever aqui o que escreveu a professora Kamila Oliveira da Silva na apresentação desse meu novo livro sobre o amor.
“Amores que transformam é a materialização das vertentes do amor e das reflexões que esse sentimento genuíno nos proporciona. Independente de como esse amor se manifesta, causa efeitos profundos na mente e na alma, no corpo e no espírito. A presença do amor diante de todas as circunstâncias da vida faz parte da evolução da humanidade ou pelo menos deveria se fazer. O amor cura, preenche, suporta, espiritualiza, eleva a alma, mas também pode machucar ferir, reduzir alguém a pó ou a nada.
O ser humano em sua trajetória lida com as diferentes facetas desse sentimento ou seria as facetas do próprio ser humano em cima desse sentimento? Para Sócrates, “o amor é a busca da beleza e do bem, ele mesmo não pode ser belo e bom”, seria possível o ser humano buscar algo tão necessário e ao mesmo tempo desnecessário? Visto que o amor não é uma garantia de felicidade eterna, por que as expectativas humanas o coloca como tal?
Por fim, tudo neste livro é a respeito do amor, dos tipos de amor, do amor verdadeiro, do amor carnal, do amor eterno, do amor divino. Mais isso não quer dizer que seja um livro apenas para os românticos, pelo contrário, é também um livro para os filósofos, com certeza. Vale a pena ler e refletir sobre esses contos e se emocionar com as personagens, assim como eu me emocionei, pois, afinal de contas, o amor na sua mais sublime forma, transforma”.
Luís Lemos é professor, filósofo e escritor, autor, entre outras obras de: Filhos da quarentena e Amores que transformam.