Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursando em base da Marinha de Quantico • REUTERS

Quando um juiz federal dos Estados Unidos repreendeu o governo de Donald Trump por usar as Forças Armadas em Los Angeles no início deste mês, ele incluiu uma nota de rodapé pouco notada, mas chocante.

Pete Hegseth, secretário de defesa dos Estados Unidos em reunião com militares americanos • Reprodução/Reuters
Pete Hegseth, secretário de defesa dos Estados Unidos em reunião com militares americanos • Reprodução/Reuters

“A mídia vai nos deturpar, e isso é normal porque, no fundo, eles sabem que o motivo pelo qual conseguem fazer o que fazem é você”, acrescentou.

Trump também tentou colocar os generais e almirantes contra os democratas.

“Eles não trataram vocês com respeito. Eles são democratas”, afirmou Trump.

A mensagem: Somos seus verdadeiros aliados políticos. Estamos do seu lado, e eles não.

Foi uma degradação notável da linha entre as Forças Armadas e a política, e um exemplo ameaçador para aqueles que temem as tentativas de Trump de politizar as Forças Armadas e o que isso poderia significar.

Os americanos não parecem concordar com Trump nisso, a julgar não apenas pela pesquisa Times-Siena, mas também por outras pesquisas. Os cidadãos dos EUA, em geral, não gostam da ideia da Guarda Nacional em suas próprias ruas ou nas ruas de qualquer outra pessoa.

Mas Trump está avançando. E o evento de terça-feira parecia ser sobre garantir que não haja mais major-general Sherman.

“Se vocês querem aplaudir, aplaudam”, comentou Trump no início do discurso, observando o silêncio dos generais e almirantes.

Em seguida, acrescentou em tom de brincadeira: “Se não gostam do que estou dizendo, podem sair da sala. Claro, lá se vai sua patente. Lá se vai seu futuro”.

Com informações de CNN Brasil.

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