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Complicações não tradicionais, incluindo anemia, distúrbios de saúde mental (como estresse e depressão) e pneumonia estão entre as principais causas de internação de pacientes com diabetes tipo 2, em comparação com a população geral, segundo dados de um estudo realizado por pesquisadores australianos.

Entre as 10 principais razões de internação desses pacientes, apenas quatro são complicações tradicionais do diabetes. Os resultados foram apresentados na reunião anual da Associação para Estudos do Diabetes, realizada na Suécia, e publicados na The Lancet.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores acompanharam mais de 456 mil pacientes com diabetes tipo 2 ao longo de sete anos e compararam as causas de internação com cerca de 19 milhões de australianos — da população com mais de 15 anos. O objetivo era identificar as causas de internação e estimar o risco de hospitalização desses pacientes. As internações por descompensação do diabetes (como distúrbio de glicemia) foram excluídas da amostra.

As complicações foram divididas em 3 categorias pelos cientistas: 1) tradicionais, que incluíam doenças cardiovasculares, insuficiência renal, retinopatia, obesidade, infecções do trato urinário, amputações; 2) emergentes, que incluíam doenças hepáticas, problemas de saúde mental, vários tipos de câncer e infecções menos comuns e 3) as complicações não comumente conhecidas.

De acordo com a pesquisa, apenas quatro complicações tradicionais apareceram na lista de motivos de internações – o que chamou a atenção para a possível identificação de complicações menos associadas ao diabetes.

A pesquisa apontou, por exemplo, que os pacientes diabéticos tipo 2 tinham o dobro de risco de internar por anemia ferropriva (deficiência de ferro) ou distúrbios de saúde mental quando comparados com a população geral. Internação por asma, por exemplo, foi duas vezes mais provável nas mulheres com diabetes tipo 2 do que na população.

(Metrópoles)

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