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O presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza, nesta quinta-feira (1º/9), mais uma edição da sua tradicional live semanal. A transmissão ocorre em meio às polêmicas envolvendo a aquisição de imóveis por familiares do candidato à reeleição.

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Mais cedo, Bolsonaro comentou a investigação jornalística conduzida pelo portal UOL e que apontou a compra de imóveis em dinheiro vivo por parentes do presidente e por ele próprio.

Desde a década de 90 até hoje, 107 imóveis foram negociados pelo presidente e por cinco irmãos, três filhos, a mãe e duas ex-mulheres do mandatário. O uso de dinheiro vivo ocorreu em pelo menos 51 transações.

“Por que fazem isso em cima da minha família? Metade dos imóveis é de um ex-cunhado meu. Que que eu tenho a ver com ex-cunhado? Não vejo esse cara há um tempão. E buscam uma maneira, 30 dias antes, um levantamento feito pela Folha – que não tem qualquer credibilidade – me acusar disso. Bota a minha mãe, que já faleceu, nesse rol também”, disse Bolsonaro à Jovem Pan. Um trecho da entrevista foi divulgado nesta quinta-feira (1º/9).

“Vem pra cima de mim, vem pra cima de mim. E ponto final. Agora, é uma maneira de desgastar, não vão conseguir desgastar. Eles querem é eleger você sabe quem, não vão ter sucesso”, prosseguiu o mandatário.

Sabatina na Rede TV!

Ainda nesta quinta, está previsto para às 20h a veiculação da sabatina de Bolsonaro na Rede TV!. Conduzida pelos jornalistas Luis Ernesto Lacombe e Érica Reis, a entrevista já foi gravada e vai ao ar na sequência da live do presidente.

Além de Bolsonaro, a emissora também convidou os outros três candidatos ao Palácio do Planalto de melhor desempenho nas pesquisas de intenção de voto conduzidas pelo Instituto Paraná Pesquisas.

Revés no TSE

O dia de Bolsonaro também foi marcado por um revés no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nesta manhã, a Corte determinou que o chefe do Executivo deverá remover das redes sociais as publicações que associam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Pelas postagens, Bolsonaro ainda foi condenado a pagar multa de R$ 5 mil.

Condenação em tribunal internacional

Neste mesmo dia, o presidente ainda foi condenado, nesta quinta, pelo júri simbólico do Tribunal Permanente dos Povos (TPP) por crimes contra a humanidade e violações dos direitos humanos no Brasil durante a pandemia da Covid-19. A decisão não tem atribuição penal.

De acordo com o órgão, Bolsonaro contribuiu diretamente para a morte dos 680 mil brasileiros até o momento pela doença. Na sentença, foi recomendado que o caso seja levado ao Tribunal Internacional de Haia, na Holanda, onde são julgados, de fato, crimes contra a humanidade e genocídios. O intuito do TPP é que o presidente também seja investigado pela postura em relação aos povos nativos do Brasil.

“Não há dúvida que milhares de vidas foram extintas no Brasil por efeitos das decisões do governo presidido por Jair Bolsonaro. Não se pode considerar que esse dolo foi eventual, uma vez que houve o resultado das mortes em massa com a intenção de privilegiar a economia em detrimento da vida humana”, disse o jurista argentino Eugénio Raúl Zaffaroni, leitor da sentença contra Bolsonaro.

O TPP é um tribunal simbólico, portanto as suas decisões não têm efeito de condenação do ponto de vista jurídico. No entanto, as sentenças tomadas por ele podem ser encaminhadas para organismos internacionais.

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