Alesson Pessoa Mota foi condenado a 37 anos, 3 meses e 15 dias de prisão em regime fechado

Doze anos após o crime que chocou Manaus, a 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, condenou nesta quarta-feira (9), os réus Alesson Pessoa Mota e Francisco de Almeida pela morte da técnica de enfermagem Viviane Costa de Castro, assassinada em 2013. O julgamento aconteceu no Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro São Francisco, zona Sul da capital, e foi presidido pelo juiz Lucas Couto Bezerra.

O júri popular teve início na segunda-feira (7) e se estendeu por três dias, reunindo testemunhos emocionantes e debates intensos entre defesa e acusação. Ao final, Alesson foi sentenciado a 37 anos, três meses e 15 dias de prisão, enquanto Francisco recebeu pena de 33 anos, nove meses e 19 dias, ambos em regime fechado.

Apesar da gravidade do caso, nenhum dos réus acompanhou integralmente o julgamento. Francisco não compareceu em nenhum dos dias, e Alesson esteve presente apenas nas duas primeiras sessões. Diante da condenação, o juiz determinou a expedição dos mandados de prisão preventiva, e ambos passam a ser considerados foragidos a partir da publicação no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), Francisco foi o executor dos disparos que mataram Viviane, agindo a mando de Alesson, ex-noivo da vítima e pai de sua filha mais nova. A motivação teria sido pessoal, com histórico de ameaças e violência. O primeiro atentado contra Viviane aconteceu em 7 de junho de 2012, quando ela foi baleada, mas sobreviveu. Em 23 de maio de 2013, no entanto, foi alvo de nova emboscada no bairro Cidade Nova, zona Norte, e morreu após ser atingida novamente.

Viviane tinha 36 anos quando foi assassinada. Ela deixou duas filhas, então com 2 e 15 anos. A filha mais velha, Fernanda Castro, acompanhou os três dias de julgamento e, emocionada, desabafou ao fim da sessão: “Era essa a resposta que a gente esperava. Foram 12 anos de espera, de luto constante. Agora vou poder dormir em paz, com a certeza de que a justiça foi feita pela minha mãe. Não era justo que quem fez isso com ela ficasse livre”.

A acusação foi conduzida pelo promotor de Justiça Thiago de Melo Roberto Freire, com o apoio das advogadas Tallita Lindoso Silva e Cíntia Rossette de Souza.

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