Ricardo Stuckert/Presidência da República

São Paulo — Internado há seis dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta da equipe médica neste domingo (15/12). Em coletiva de imprensa, a equipe médica afirmou que “o presidente se encontra bem, estável, caminhando e falando normalmente”.

“Devido à recuperação do nosso paciente, que foi extremamente acima do esperado, para a felicidade minha, felicidade de toda a nossa equipe, o presidente está de alta hospitalar e deve voltar para casa já já”, disse a médica Ana Helena Germoglio.

Segundo o médico Roberto Kalil Filho, Lula ficará os próximos dias em São Paulo, para acompanhar a cicatrização e fazer uma nova tomografia na quinta-feira (19/12), e poderá retornar às atividade normais, “do ponto de vista reuniões”.

“O presidenet está de alta hospitalar e não de alta médica”, disse Kalil.

O presidente foi submetido a uma cirurgia de emergência na segunda-feira (9/12), após uma hemorragia intracraniana, e a outro procedimento cirúrgico na quinta-feira (12/12) para evitar possíveis novas complicações.

No boletim médico desse sábado (14/12), foi informado que Lula teve evolução significativa na recuperação da cirurgia. O petista ainda fez exames de sangue nesse sábado, e seguia “lúcido e orientado, alimentando-se e caminhando”, segundo a nota.

O presidente deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na sexta-feira (13/12) e desde então estava internado sob cuidados semi-intensivos no Hospital Sírio-Libanês, no centro da capital paulista. Naquele dia, chegou a caminhar pelos corredores do hospital e recebeu as visitas da primeira-dama, Janja da Silva, e dos filhos.

Mesmo internado, Lula não passou o cargo para o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que representou o petista em alguns compromissos presidenciais ao longo da semana.

Após a alta hospitalar, Lula apareceu de surpresa em coletiva e faz pronunciamento. Presidente conversou com jornalistas no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Cirurgia na cabeça   

No começo desta semana, Lula voltou a sentir intensas dores de cabeça, decorrentes da queda que sofreu em casa em 19 de outubro. Após fazer exames de imagem em Brasília, foi diagnosticado com uma hemorragia intracraniana e transferido para a unidade do Sírio-Libanês na capital paulista.

Em São Paulo, na terça (10/12), o presidente foi submetido a uma cirurgia de emergência para drenar o hematoma na cabeça. Sem intercorrências, a trepanação se deu por meio de perfuração do crânio.

Já na quinta (12/12), Lula passou por mais um procedimento cirúrgico: uma embolização de artéria meníngea média para reduzir as chances de uma nova hemorragia. O cateterismo bloqueou o fluxo de sangue no cérebro. Depois, o dreno colocado na cirurgia principal foi retirado.

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