O aposentado Sadi Diniz Navegante, 67 anos, acompanhado da advogada Graça Monteiro, esteve no dia 11 deste mês na Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública, onde denunciou a invasão de seu sítio, localizado no quilômetro 73 da Am 010 (Manaus/Itacoatiara), no município do Rio Preto da Eva, na manhã do dia 29 do mês passado, pelo delegado Rodrigo Bona, do 27º Distrito Integrado de Polícia e policiais do Grupo Fera, que armados de metralhadora e pistolas, lhe deixaram constrangido diante do vizinhos e moradores do local onde mora há mais de 30 anos.
“Estava sozinho no meu sítio, onde moro e a esposa está fora de Manaus, fui surpreendido com várias viaturas da polícia e homens fortemente armados saindo dos carros e invadindo, sem minha autorização, a casa”, disse Sadi, afirmando que o delegado, não se identificou. “Nem sabia se ele era delegado”, acrescentou o aposentado, temendo que o delegado que comandou a ação possa ter plantado drogas e armas ou até outros objetos ilícitos no sítio, com a intenção de denegrir a imagem de todo a família e tentar prejudicar ainda mais sua filha, a advogada, Syrslane Navegante, de quem Bona, criou uma inimizade por ela não ter cedido ao seu assédio, quando esteve no 27° DIP, para denunciar as vendas ilegais de terrenos na área do Águas Claras.
De acordo com ele, somente depois dos policiais revistaram e revirarem toda a casa onde mora e andarem por toda extensão de seu terreno, Rodrigo Bona, se identificou como delegado da Polícia Civil, quando já estava dentro da viatura.
“Depois que ele falou que fui entender do que se tratava” disse Sadi Diniz, afirmado que o delegado, foi quem representou pela prisão preventiva de sua filha Syrslane Navegante, decretada pela juíza Careen Aguiar Fernandes, da 7ª Vara Criminal, no decorrer da “Operação Gaia”, em abril deste ano. “Ele por determinação da juíza, com apoio do Ministério Público, que é para ser o fiscal da Lei, mas neste caso atua de maneira vergonhosa, autorizando invasão de domicilio em outra jurisdição (Rio Preto da Eva), onde tem juiz e promotor, sem se quer comunicar na comarca”, acrescentou o aposentado, afirmando que foi ao cartório da Justiça no Rio Preto e obteve uma certidão de que nada passou pela Justiça do município, referente a busca e apreensão de drogas e armas em sua casa.
O aposentado disse que sua filha nunca esteve no sítio depois que teve a prisão decretada. “Esse delegado tem um problema pessoal com ela. Foi minha filha quem denunciou a venda de terrenos no Águas Claras, a esse delegado que nunca fez nada”, acrescentou, afirmando que depois de uma discussão entre Bona e sua filha que não admitia o delegado não fazer nada depois das denúncias dela e de seu cliente Elias Fernandes, um dos herdeiros das terras do Águas Claras, foi envolvida na operação.
Sadi, disse que além de denunciar Rodrigo Bona, a Corregedoria, irá representá-lo judicialmente por ter descoberto que o delegado foi a seu sítio, onde mora há mais de 30 anos, com um mandado expedido pela juíza Careen Fernandes, a quem ele pretende representar no CNJ, com a intenção de apreender drogas, armas e dinheiro ilícito. “Ele foi com a intenção de plantar drogas e armas em minha casa, mas não conseguiu porque o Deus, que eu sirvo, nunca deixará isso ocorrer com um servo”.
“Sou um homem honrado e nunca no Rio Preto da Eva, onde moro há mais de trinta anos, alguém ouviu falar que Sadi Diniz Navegante, é traficante de drogas ou vende armas e aparece esse delegado com ordem da juíza para apreender drogas e armas em meu sítio. Não posso ficar calado”, disparou, afirmando que Rodrigo Bona, quer de qualquer maneira imputar a sua filha (Syrslane) crimes que ela nunca cometeu de acordo com ele, por simples capricho e revolta por ela nunca ter aceitado as cantadas dele que tentou assediá-la na delegacia do 27º DIP.
“Ainda não conseguir entender como a Justiça do meu estado, não viu que a operação Gaia, foi desencadeada para frear as denúncias de minha filha, na Justiça Federal, contra o investimento de dinheiro do PAC, em área de litígio, onde imobiliárias e construtoras, como seu Jorge Sotto Mayor, tem interesse”, declarou Sadi, informando que a denúncia de filha na Justiça Federal, segue de vento em popa e as obras na área, com certeza serão embargadas pelo Ministério Público Federal, em breve.
A reportagem do Fato Amazônico, tentou ouvir a versão do delegado Rodrigo Bona, pelo celular 9962-x6x2, a respeito das denúncias do aposentado Sadi Navengate, mas não obteve êxito, o telefone deu sempre fora da área de serviço.