
Uma investigação da Agência Pública revelou nesta quarta-feira, 21, o processo judicial envolvendo o deputado federal Arthur Lira e sua ex-esposa, Jullyene Lins. Ela acusa Lira de agressões físicas e verbais, além de estupro.
O crime teria acontecido na noite de 5 de novembro de 2006, corroborado por testemunhas e por um laudo médico feito à época.
Segundo Jullyene, motivado por ciúmes, o deputado teria cometido atos de violência física e sexual contra ela.
A agressão física consta no depoimento que ela deu à polícia na época, mas é a primeira vez que Jullyene narra que Arthur Lira a teria estuprado naquela noite.
Durante cerca de 40 minutos, conforme relato de Jullyene, ele a teria agredido com “tapas, murros, chutes e a puxado pelo cabelo”.
Ainda de acordo com ela, enquanto a agredia, Lira a teria chamado de “rapariga” e “puta”.
O parlamentar também teria feito ameaças e teria dito, ainda segundo ela, que a mataria para ficar com os filhos, “que era deputado e não passaria por corno e que ninguém iria desmoralizá-lo”.
Essa parte do relato de Jullyene Lins consta em seu depoimento à Delegacia Especial de Defesa dos Direitos da Mulher em 18 de abril de 2007. Na época ela não relatou que Lira também a teria estuprado naquela mesma noite. “Aconteceu uma coisa que eu nunca contei a ninguém, ele disse pra mim: ‘Você está atrás de macho, eu vou lhe mostrar quem é o homem’.
Nove anos depois, no dia 29 de setembro de 2015, o parlamentar foi inocentado das acusações pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em um processo contraditório cheio de idas e vindas.
Segundo Jullyene Lins o relato inédito para a reportagem da repórter Alice Maciel teve como objetivo encorajar outras mulheres a denunciarem abusos cometidos por homens públicos. Lira optou por não comentar as acusações.

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