O ex-prefeito Arthur Neto (PSDB) denunciou nesta terça-feira, 15, que a Amazônia tem sofrido ataques sistemáticos e que floresta de um dos biomas mais importantes do mundo está sendo dizimado, assim como os seus rios e os seus habitantes. Segundo ele, os rumos das políticas ambientais do Brasil no atual governo são um crime de lesa pátria e contra a humanidade.
Para Arthur Neto, o decreto assinado nesta segunda-feira (14), pelo presidente Jair Bolsonaro, que institui o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Pró-Mapa), é uma “manobra desastrosa” contrária aos interesses da região, de sua preservação e sustentabilidade.
Segundo ele, a invasão de mais de 600 balsas no rio Madeira não é atividade artesanal e que o decreto não passa de uma tentativa leviana de legalizar aquilo que é ilegal de todas as formas. Ele disse, também, que o garimpo é uma atividade poluidora, sonegadora de impostos, recheada de crimes contra o meio ambiente e as pessoas, incluindo o ataque aos indígenas e a violência instaurada entre os próprios garimpeiros. Conforme avaliou, as sucessivas medidas federais a favor do garimpo têm “claras intenções de fazer da Amazônia uma Serra Pelada”.
Arthur Neto defende a urgente criação de um Plano de Desenvolvimento Sustentável para Amazônia capaz de parar com os repetidos recordes de desmatamento na Amazônia, que é preciso cuidar do Brasil e, sobretudo, cuidar da floresta considerada por ele como a última fronteira possível de desenvolvimento, de colocar o país em posição de respeito diante do mundo, de riqueza e de prosperidade para todos os brasileiros.
De acordo com estudo do MapBiomas, publicado no ano passado, 93,7% dos garimpos estão concentrados na Amazônia e, somente em 2020, três em cada quatro hectares minerados no país estavam na região, sendo que metade dessas áreas mineradas estão dentro de unidades de conservação e em terras indígenas. Já segundo o Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, de 2015 a 2020, foram mais de 200 toneladas de ouro extraídas ilegalmente no Brasil.










