O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) e a Comissão de Professores da Escola Estadual Tiradentes, resolveram apelar ao Ministério Público do Estado para evitar que o colégio, localizado na Avenida Codajás, Petrópolis, Zona Sul de Manaus, seja militarizada pela Secretaria de Educação.

A diretoria e a Comissão de Professores irão nesta quinta-feira (26) à sede do MP para buscar a intervenção do órgão na resolução do problema causado pela Seduc.

De acordo com o professor Júnior Mar, o problema começou quando o proprietário do prédio onde funcionava o CMPM ANEXO, na Cachoeirinha, pediu o imóvel de volta e se recusou a renovar o aluguel.

Sem nenhuma consulta aos professores em mais de 2 mil alunos, a SEDUC então deliberou que o CMPM ANEXO ocupasse a Escola Estadual Tiradentes, com o público exclusivo do CMPM.

Professores e alunos do Tiradentes deveriam desocupar a escola e buscar transferência para uma escola em bairro vizinho.

“Essa é uma decisão arbitrária fere o ECA, artigo 53, inciso V, que assegura ao aluno o acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência”, diz o professor.

Junior Mar informa que a Escola Estadual Tiradentes tem 45 anos de história prestando ótimo serviço na comunidade de Petrópolis.

“Nós vamos à luta em busca de democracia e respeito. São quase 2 mil alunos e mais de 100 profissionais da Educação sendo desrespeitados e tendo sua rotina alterada”, declarou o professor, afirmando que a Seduc encontrou outro local para funcionamento do CMPM Anexo.

“Estimamos os companheiros que lá trabalham ou estudam, mas não podemos aceitar esse ato covarde da Secretaria de Educação”, acrescentou, informando que os professores estão realizando no bairro de Petrópolis e bairros vizinhos, um abaixo-assinado. “É importante mostrarmos, com união, o nosso descontentamento e repúdio a esse ato da Seduc”, concluiu Júnior Mar.

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