Em fevereiro, Bolsonaro ao lado do pastor José Wellington Bezerra da Costa, da Assembleia de Deus (Foto: Divulgação)

A igreja Assembleia de Deus de São Paulo, liderada pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, apresentou uma resolução para punir pastores que “defendam, pratiquem ou apoiem” pautas associadas à esquerda. A resolução foi aprovada em uma  reunião de dirigentes.

Pouco antes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia participado de um culto para os fiéis presentes à assembleia geral, conduzido pelo Ministério do Belém.

Resolução polêmica

A resolução associa o “posicionamento de esquerda” a uma “cosmovisão contrária ao Evangelho e aos preceitos éticos e morais defendidos pela Assembleia de Deus”. A decisão da igreja atribui ainda à esquerda a pautas como a “desconstrução da família tradicional”, a “legalização total do aborto”, a “erotização das crianças” e a “censura à liberdade religiosa”.

A carta diz que a Assembleia de Deus “não admitirá em seus quadros ministros que defendam, pratiquem ou apoiem, por quaisquer meios, ideologias contrárias (…) aos princípios morais e éticos da Confradesp”.

“Os ministros que comprovadamente defenderem pautas de esquerda dentro da cosmovisão marxista serão passíveis de representação perante o Conselho de Ética e Disciplina”, diz o documento lido e apoiado pelos dirigentes da convenção.

A Confradesp é um dos agrupamentos de igrejas que formam a Convenção Geral das Assembleias de Deus, principal guarda-chuva da denominação evangélica no país.

No culto em que Bolsonaro participou, o pastor José Wellington pediu votos para a reeleição, o que é vedado pela legislação em templos religiosos.

Bolsonaro também fez um discurso com teor político, no qual afirmou que “lugar de ladrão é na cadeia” e pediu que os fiéis “não caiam no canto da sereia”, referindo-se ao ex-presidente Lula.

Com informações da Agência o Globo

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