O aumento dos casos de coronavírus no Brasil parece estar frustrando os planos daqueles que pretendiam sair às ruas para defender Jair Bolsonaro e pregar o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 15 de março.
Na quinta-feira (12), pelas redes sociais, o deputado estadual Josué Neto (Sem Partido), um dos envolvidos no movimento que vem convocando os manauaras para a manifestação, anunciou em sua página do Twitter o cancelamento do ato: “A pedido do Presidente Jair Bolsonaro, as manifestações desse domingo 15/03 nas ruas de Manaus, estão suspensas sem data ainda definida. Agradeço pelo apoio até agora e estamos unidos para defender as pautas de desenvolvimento econômico do Governo Bolsonaro”.
Também foram postadas mensagens do líder do Movimento Conservador Amazonas, Sérgio Kruke, explicou que o ato foi suspenso em forma de prevenção, “pensando no bem- estar das famílias”.
Iza Oliveira, do Amazonas em Ação disse: “Os movimentos espontâneos e legítimos, marcados para o dia 15 de março, atendem aos interesses da nação. Balizados pela lei e pela ordem, demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade. Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados. Nossa saúde e a de nossos familiares devem ser preservadas”.
As mensagens também foram postadas no grupo de Whatsapp “Aliança 5 Bolsonaro Am”, onde alguns integrantes afirmaram que querem ir de qualquer jeito a manifestação e chegaram a perguntar aos organizadores se as estruturas para o ato estariam no local ou seriam cancelada.
No mesmo grupo vários outros integrantes afirmaram serem a favor do cancelamento da manifestação. “Eu acredito que seja prudente essa decisão”, afirma uma integrante, acrescentando que se algo acontecer poderia colocar a culpa no presidente Bolsonaro e diz que é bom deixar de alarmismo para irem as ruas de Manaus.
A decisão de cancelar a manifestação não é discutida apenas em Manaus, deputados bolsonaristas e organizadores de atos em outras cidades já estão discutindo, em grupos de WhatsApp, a possibilidade de suspender todas as manifestações, mas o martelo ainda não foi batido.
O próprio presidente Jair Bolsonaro chegou a divulgar e convocar seus apoiadores para os atos, o que já faz parlamentares se mobilizarem para um possível pedido de impeachment, já que atentar contra as instituições pode configurar crime de responsabilidade.
