O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no último domingo ser um milagre estar vivo após ser vítima de um atentado durante um comício em Butler, Pensilvânia, no dia anterior. Trump fez sua primeira declaração sobre o incidente ao jornal New York Post, a bordo de seu avião particular a caminho de Milwaukee para a Convenção Nacional do Partido Republicano.
“O médico no hospital disse que nunca viu nada parecido, ele chamou de milagre”, disse Trump. “Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto”. O ex-presidente acrescentou que o médico do hospital local nunca havia visto alguém sobreviver após ser atingido por um AR-15.
De acordo com o New York Post, Trump estava com uma grande bandagem branca cobrindo sua orelha direita, que foi atingida pelos disparos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, atirou várias vezes de um telhado com um fuzil AR-15, antes de ser neutralizado por agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos. Crooks era conhecido como um homem quieto e solitário, sem histórico de problemas mentais ou convicções políticas firmes em suas redes sociais. O FBI afirma que ele agiu sozinho e continua investigando a motivação do crime.
Trump chegou ontem a Milwaukee para a convenção que deve confirmá-lo como candidato à presidência pelo Partido Republicano, na eleição em que deve enfrentar o atual presidente dos EUA, Joe Biden, em novembro.
O Serviço Secreto dos EUA está investigando como o atirador, armado com um fuzil estilo AR, conseguiu chegar ao telhado nas proximidades e ferir o ex-presidente. Segundo oficiais, o atirador foi morto pelos agentes do Serviço Secreto após disparar múltiplos tiros em direção ao palco de uma “posição elevada fora do local do comício”. Trump foi ferido e um espectador foi morto.
Uma análise da Associated Press de mais de uma dúzia de vídeos e fotos tiradas durante o comício de Trump, bem como imagens de satélite do local, mostra que o atirador conseguiu chegar surpreendentemente perto do palco onde o ex-presidente estava falando.
