Foto: Reprodução da CNN

O estado do Amazonas enfrenta um dos períodos mais críticos de sua história recente devido ao aumento expressivo das queimadas, conforme afirmou o governador Wilson Lima (União Brasil) em entrevista à CNN nesta segunda-feira (26). Com uma estiagem mais severa que a do ano anterior, os incêndios florestais dispararam, provocando sérios impactos ambientais e humanitários na região.

Segundo dados apresentados pelo governador, entre os meses de julho e agosto deste ano, o Amazonas registrou quase 8 mil focos de incêndio, um número alarmante que é o dobro do registrado no mesmo período de 2023, quando foram contabilizadas cerca de 4 mil ocorrências. Lima destacou que essa situação é agravada pela intensa seca que assola o estado, dificultando o acesso a recursos básicos como alimento e água potável para diversas comunidades.

“Estamos enfrentando problemas de ordem humanitária, porque muitas comunidades estão com dificuldades de acesso a alimento e a água potável”, declarou Lima, sublinhando a gravidade da situação. Além disso, a baixa nos níveis dos rios, resultado direto da estiagem, compromete a navegabilidade em várias regiões, afetando o abastecimento local e a economia das comunidades ribeirinhas.

As áreas mais afetadas pelas queimadas incluem a região metropolitana de Manaus e o sul do estado, principalmente em municípios que fazem fronteira com o Acre, Rondônia e Pará. Essa distribuição geográfica das queimadas revela um padrão preocupante, pois envolve tanto áreas urbanas quanto regiões próximas a outras unidades federativas, o que pode complicar ainda mais o controle dos incêndios.

A crise no Amazonas faz parte de um cenário mais amplo de destruição na região Norte do país. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), toda a região contabiliza atualmente 1.336 focos ativos de incêndio, o que evidencia a escala do problema.

Diante dessa emergência, as autoridades estaduais e federais estão intensificando esforços para combater as queimadas e mitigar seus efeitos. O governo do Amazonas, em parceria com órgãos de proteção ambiental e o corpo de bombeiros, está mobilizado para conter a propagação dos incêndios e proteger as áreas mais vulneráveis da Floresta Amazônica.

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