O Ministério de Defesa de Taiwan informou que ao menos 21 aviões de guerra da China invadiram a zona de defesa aérea de Taiwan nesta terça-feira (9/8). A ação acontece uma semana após a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha.

Segundo representantes do Exército, as aeronaves ultrapassaram a linha do Estreito de Taiwan, que delimita o espaço aéreo dos dois territórios, por volta das 17h local (6h em Brasília). De acordo com a pasta, ao todo, 45 aviões e 10 embarcações chinesas foram vistas na região.

O clima de tensão se intensificou na última quinta-feira (4/8), quando as Forças Armadas da China iniciaram exercícios militares com munição real em torno da ilha vizinha.

Em resposta, o Exército de Taiwan informou, nesta terça (9/8), que iniciou movimentações militares e reagiu com “atividades de aviões de combate, embarcações navais e sistemas de mísseis baseados em terra”.

As forças militares chinesas iniciaram exercícios com munição real aos arredores de Taiwan. O ataque à ilha vizinha foi motivado pela visita da deputada Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos. O caso foi considerado uma das maiores crises diplomáticas recentes.

A chegada da norte-americana foi vista como um sinal de “provocação”, ao violar o princípio de “China Única”. Pequim considera a região como parte de seu território, apesar de Taiwan se declarar autoindependente.

Alerta de invasão

O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, afirmou que a China está se preparando para invadir a ilha. Segundo ele, os alegados exercícios militares ao redor da ilha são, na verdade, uma preparação para a invasão.

“A China usou os exercícios em seu manual militar para se preparar para uma invasão de Taiwan”, disse Wu em entrevista coletiva, nesta terça-feira (9/8).

De acordo com o ministro, as autoridades chinesas estão usando a “coerção econômica, ataques cibernéticos e lançamento de mísseis” com o intuito de “enfraquecer Taiwan” publicamente.

 

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