
Os dois maiores bancos privados do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, continuam perdendo receita com os serviços cobrados por uso de conta corrente, consequência da disparada da digitalização bancária e do avanço representado pelo Pix.
Por outro lado, os ganhos com outro tipo de serviço bancário dispararam neste início de ano: aqueles relacionados a cartões, como emissão e uso de maquininhas de pagamento. Essa alta não é por acaso: dados do BC mostram que entre janeiro e março houve um crescimento de 18,2% nos empréstimos do cartão de crédito em relação a mesmo período de 2022.
Em balanço do primeiro trimestre divulgado hoje, o Itaú aponta que a receita com tarifas de conta corrente encolheu 9,2% neste ano (sempre em comparação com o primeiro trimestre do ano passado), a R$ 1,7 bilhão. Apesar queda, o número ainda representa 17% da arrecadação do banco com serviços a clientes.
No caso do Bradesco, que informou resultado na última sexta, essa receita foi de R$ 1,8 bilhão, queda de 5,1% na mesma comparação (que representa 21% do total das receitas da instituição com serviços).
É um cenário bem diferente das receitas com cartão. O Itaú viu um salto de 12,8% no valor gerado a partir de emissão de cartões e de 30,7% na adquirência (ou seja, intermediação de pagamentos através de maquininhas de cartão).
O Bradesco teve um movimento parecido, com um salto de 15,1% nesse tipo de receita em relação aos três primeiros meses de 2022. “Essa evolução retrata a expansão da penetração de cartões em todos os segmentos, com destaque para a alta renda, que apresentou crescimento de mais de 39% na carteira de cartões”, disse o banco.
Com informações de: O Globo