
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 32 milhões ao plano de negócios da produtora de cinema Conspiração, uma das responsáveis pelo filme ‘Ainda Estou Aqui’. Dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, o filme fez história na semana passada ao se tornar a primeira produção brasileira vencedora do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Segundo nota do BNDES, o valor para a Conspiração prevê o “financiamento ao desenvolvimento, produção, comercialização e internacionalização de obras audiovisuais, além de investimentos em infraestrutura, com aquisição de equipamentos para melhorar os processos de produção e pós-produção”.
Para além do vencedor do Oscar, a Conspiração colaborou com filmes como “2 Filhos de Francisco” e “Auto da Compadecida 2”; séries como “Fim”, “Sob Pressão” e shows de não ficção como “Viajando com Os Gil” e “Se Eu Fosse Luisa Sonza”. A empresa tem no seu corpo de diretores Andrucha Waddington e Cláudio Torres, respectivamente marido e irmão de Fernanda Torres.
“Diferente de governos anteriores, que abandonaram o audiovisual nacional, o BNDES, no âmbito da Nova Indústria Brasil, trata esse setor como uma das prioridades e volta a apoiá-lo diretamente, exercendo o seu papel de estimular o desenvolvimento e a cultura no país”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.
O empréstimo integra o BNDES FSA Audiovisual. Lançado em agosto de 2024, o programa busca induzir investimentos e facilitar o crédito para o setor.
Tem relação com ‘Ainda Estou Aqui’?
A aprovação de financiamento não tem relação com ‘Ainda Estou Aqui’. O filme de Walter Salles foi produzido sem nenhuma verba pública.
O orçamento do filme permanece sob sigilo devido a questões contratuais com seus patrocinadores . Os investimentos vieram no Brasil do Globoplay, na França da Arte Cinema, em coprodução internacional entre a Videofilmes e a produtora francesa Mact Productions, além das pré-vendas internacionais realizadas pela GoodFellas. Contou ainda com o investimento da Library Pictures.
Alguns veículos de imprensa noticiaram que o custo de produção seria de US$ 1,5 milhão, cerca de R$ 8 milhões. O produtor Rodrigo Teixeira no entanto desmentiu essa informação.
“O filme não custou 1,5 milhão de dólares. Não é verdade. Não custou Duna não custou Wicked obviamente”, disse Teixeira. “Duna 2” e “Wicked” contaram com as produções mais caras desta temporada do Oscar, com orçamentos de R$ 190 milhões e R$ 150 milhões, segundo a revista Variety.
Fontes do setor cinematográfico ouvidas pela IstoÉ Dinheiro estimam que a produção de “Ainda Estou Aqui” custou entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões.
Com informações de IstoÉ