São Paulo – Nesta quinta-feira (12/12), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) expediu um mandado de reintegração de posse da Igreja Bola de Neve. Em 29 de novembro, o atual conselho administrativo da instituição acusou a pastora Denise Seixas, ex-esposa do fundador e líder, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, de invadir a sede religiosa.
A postura foi vista como tentativa de assumir a presidência da igreja. No mesmo dia, por meio de representantes jurídicos, o colegiado ajuizou o processo para impedir que Denise ficasse no local. Agora, ela terá 15 dias para apresentar defesa.
Na decisão, a juíza Isabela Canesin, da 12ª Vara Cível, autoriza “arrombamento, caso necessário”. Além disso, solicitou que a Polícia Militar de São Paulo acompanhe o cumprimento da determinação.
Invasão de pastora
Em 18 de novembro, o conselho da Bola de Neve elegeu Gilberto Custódio de Aguiar como vice-presidente interino. Representado pelos advogados Antônio Palma, Antonio Dourado, Luís Antônio Ribeiro e Renato Armoni, o colegiado ajuizou uma ação de reintegração de posse ao acusar Denise de invadir a igreja.
“Denise adotou postura agressiva e ‘demitiu’ funcionários, como se tivesse poderes para tanto. Assustados e coagidos, os funcionários deixaram o prédio para não confrontarem aquela que já foi a vice-presidente da igreja. Além disso, a presença de quatro pessoas ao lado da ré, que disseram ser seus advogados/representantes, também teve o intuito de intimidar os colaboradores da autora”, segundo consta nos autos.
Um vídeo mostra a pastora dentro da igreja, no dia 29. De vestido vermelho, ela sai de uma sala e conversa rapidamente com dois homens. Em seguida, os três entram em outra sala. Denise se retirou da igreja no mesmo dia. No entanto, o objetivo do pedido de reintegração de posse é “comprovar que a presença dela no local é indevida”, diz o conselho.