Ademilson Ferreira dos Santos, padrasto do jovem de 20 anos, é o principal suspeito do crime • Reprodução

O padrasto de Lucas da Silva, jovem que morreu após comer bolinhos de mandioca envenenados, admitiu à Polícia que foi o responsável por colocar chumbinho no alimento. Ademilson Ferreira dos Santos era o principal suspeito do caso. 

O garoto, de 19 anos, ficou internado por cerca de 10 dias e morreu na tarde de domingo (20). A investigação inicialmente focava na tia da vítima, mas revirou para Ademilson devido às diversas controvérsias e inconsistências em seus depoimentos, e pelo fato de ele ter manipulado e entregue pessoalmente os cinco “bolinhos”.

Em confissão, Ademilson disse que o chumbinho foi comprado por R$ 25 pela esposa, em uma loja de Diadema, cidade próxima de São Bernardo do Campo, onde Lucas morava. O padrasto admitiu ter misturado o veneno em um creme de leite e que ele, a esposa e os enteados comeram os bolinhos.

Em um áudio obtido pela CNN, Ademilson diz: “Era para misturar o chumbinho para matar ratos. Vem os bolinhos. ‘Botei’ um pouquinho de creme de leite, coloquei um pouquinho de chumbinho e coloquei na boca. Cortou minha boca. Dei um pouco para o Lucas, um pouco para o Tiago e um pouco para ela (esposa). Eu quero ela presa”.

Ao ser questionado por qual motivo teria misturado o chumbinho no creme de leite, Ademilson respondeu que queria tirar a própria vida. Porém, Lucas foi quem mais sofreu, como diz o próprio o padrasto.

Para a Polícia, a motivação do crime estaria ligada a ciúme excessivo e possessivo, com relatos de que Ademilson abusava sexualmente dos enteados. Durante a confissão, o padrasto nega as acusações e diz que “é homem e não estuprador”.

Uma das suspeitas é que o homem temia que Lucas o deixasse, já que o jovem planejava se mudar e iniciar um relacionamento. Ademilson chegou a enviar uma mensagem a um pastor afirmando que cogitou matar Lucas.

Ademilson foi preso temporariamente pela Polícia Civil na tarde de quarta-feira (16). Ele deve ser indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado.

Com informações de CNN Brasil.

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