O apetite dos investidores por risco segue no final da tarde desta segunda-feira, 27, e leva a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, a ganhar mais fôlego, operando perto da máxima da sessão, enquanto o dólar tem dia de fraqueza tanto perante o real quanto da maioria das moedas de pares emergentes.

Nesse clima de otimismo liderado pelo exterior, as ações de primeira linha, como de bancos – com peso em torno de 25% do índice – têm alta forte, superior a 4%. Às 16h20, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, subia 1,82%, aos 104.248,43 pontos com Itaú Unibanco PN ganhando 5,55% e Bradesco PN, 5,71%.

De acordo com o analista da Necton Investimentos Márcio Gomes, com o processo de realização de lucros e realocação de capital, os investidores vendem esses ativos que subiram bem e acabam comprando setores um pouco mais defasados, como o de bancos.

O ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio-fundador da Gávea Investimentos, Arminio Fraga, alertou há pouco que, na sua avaliação, países pretendem enxugar liquidez no pós-pandemia. Com relação ao Brasil, disse ser fundamental colocar a dívida em trajetória de queda para manter os juros baixos. “Tenho muito medo dessa fragilização fiscal, o país está saindo de uma UTI”, afirmou.

Ainda no noticiário local, a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,836 bilhão na quarta semana de julho (de 20 a 26). De acordo com dados divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 4,540 bilhões e importações de US$ 2,704 bilhões.

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo mostraram recuperação em junho, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). As vendas em junho atingiram 2.984 unidades. Esse montante foi 24,1% maior que em maio e 56% abaixo do mesmo mês do ano passado.

Também chama a atenção, a revisão da queda para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 feita pelos analistas do mercado, agora estimada em 5,77%. Há um mês atrás, as projeções divulgadas no relatório Focus, do Banco Central (BC), apontavam para recuo de 6,64%.

Às 16h16, o dólar à vista recuava 0,65%, cotado a R$ 5,1654. Pouco tempo antes, por volta das 16h, a moeda à vista bateu em R$ 5,1522, um recuou de 1,03%, na mínima da sessão. O dólar para agosto tambem cedia a R$ 5,1530 no mesmo horário. Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado próximo de R$ 5,45. 

No segmento de juros futuros, a sessão também foi de queda, com a taxa do contrato DI fechando a 1,930% ante 1,948% do ajuste de sexta-feira. (Estadão)

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